UKRÂNIA - libertação de Iúlia Timochenko
Artigo publicado em 22 de Fevereiro de 2014 -
Atualizado em 22 de Fevereiro de 2014
Iúlia Timochenko recebe acolhida triunfal dos
manifestantes em Kiev
A opositora Iúlia Timochenko falou para 50 mil pessoas reunidas na praça da Independência em Kiev neste sábado (22).
REUTERS/Yannis Behrakis
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A ex-primeira-ministra Iúlia Timochenko,
libertada neste sábado do hospital penitenciário onde estava detida, foi
recebida por 50 mil pessoas na praça da Independência, centro da contestação em
Kiev. Ela chamou os manifestantes de "heróis" e se desculpou em nome
da classe política pelos sofrimentos inflingidos à população. Destituído pelo
parlamento, o presidente Viktor Yanukovich tentou fugir do país, mas foi
impedido pelos serviços de segurança da fronteira.
Muito emocionada, sentada em uma cadeira de
rodas, Iúlia Timochenko pediu que os manifestantes continuem mobilizados e
prometeu que lutará para que as esperanças deles sejam respeitadas. Ela chamou
os militantes na praça de "heróis" e lamentou não ter podido
participar do combate.
A ex-primeira-ministra se "desculpou em
nome da classe política" pelos sofrimentos vividos pela população
ucraniana. Ela disse ter visto "uma nova Ucrânia" emergir dos eventos
recentes e considerou que as conquistas dos opositores podem servir de agora em
diante de exemplo para outros povos da antiga União Soviética.
A libertação de Iúlia Timochenko, líder da
Revolução Laranja em 2004, foi possível porque os deputados retiraram um artigo
do código penal que havia permitido sua condenação em 2011 a sete anos de
prisão por abuso de poder.
Os parlamentares também consideraram que a
ausência do presidente Viktor Yanukovitch, que se refugiou no leste da Ucrânia,
de maioria russófona, justificava uma destituição de facto do chefe de Estado e
a organização de eleições antecipadas no dia 25 de maio.
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