ECUMENISMO coragem e hospitalidade
ECUMENISMO coragem e hospitalidade
«Coragem e hospitalidade» são duas atitudes
para futuro «com marca cristã»
Jan 22, 2020 - 16:00
Disse D. Manuel Felício aos cristãos na celebração ecuménica
nacional na Diocese de Aveiro
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D. José Jorge (Igreja Lusitana), bispo Sifredo Teixeira (Igreja Metodista), D. António Moiteiro (Bispo de Aveiro), pastora Maria Eduarda (Igreja Presbiteriana) e D. Manuel Felício (Bispo da Guarda) |
A Sé de Aveiro
recebeu a celebração nacional de início da Semana de Oração pela Unidade dos
Cristãos, onde estiveram representantes das Igrejas Católica, Lusitana
(Comunhão Anglicana), Presbiteriana, Metodista – e do Conselho Português das
Igrejas Cristãs (COPIC).
O bispo da Guarda e vogal da Comissão Episcopal
Missão e Nova Evangelização, da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP),
destacou a “alegria” por estarem “a celebrar juntos” e pediu aos cristãos
“coragem e hospitalidade”, “duas atitudes” para que o futuro se defina “com
marca cristã”.
“A Igreja é barca confrontada com enormes
tempestades; Já há um caminho percorrido, num mundo que precisa de
reconciliação, porque estamos unidos no Batismo”, referiu D. Jorge Pina
Cabral, bispo da Igreja Lusitana, divulga a mais recente edição do jornal
‘Correio do Vouga’, publicada hoje.
Na celebração de abertura da Semana de Oração
pela Unidade dos Cristãos em Portugal, este sábado, na Sé de Aveiro, o bispo
Lusitano referiu-se às “águas inquietantes do mar” para falar da Igreja, que no
meio das vagas “é levada pela mão de Deus”, mas também das pessoas que tentam
atravessar o Mediterrâneo para a Europa.
O oitavário de oração, que no hemisfério norte
decorre de 18 a 25 de janeiro, está a recordar os migrantes e refugiados
vítimas de naufrágios no Mediterrâneo, com o tema ‘Trataram-nos com uma
amabilidade fora do comum’.
A reflexão proposta pelas comunidades cristãs do
arquipélago maltês parte do relato bíblico do naufrágio de São Paulo II (século
I), que o levou até à ilha de Malta, onde, segundo o livro dos Atos dos
Apóstolos, foi tratado com “invulgar humanidade”.
“Naqueles dias [no tempo de São Paulo] e hoje,
infelizmente, centenas, milhares de pessoas que procuram vidas melhores,
encontram no Mediterrâneo a última morada”, referiu ainda D. Jorge Pina
Cabral, referindo que as Igrejas e os governos podem fazer mais pela
hospitalidade.
O bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, presidiu
à celebração ecuménica onde estiveram também o bispo Sifredo Teixeira, da
Igreja Metodista, a pastora Maria Eduarda, da Igreja Presbiteriana
(Calvinistas).
D. Manuel Felício, vogal da Comissão Episcopal
Missão e Nova Evangelização da CEP, assinalou também que este domingo, dia 26
de janeiro, é o primeiro ‘Domingo da Palavra’, convocado pelo Papa Francisco.
“Um dia por todo o ano. A Palavra de Deus é
presença de Cristo no meio de nós”, referiu bispo da Guarda na celebração ecuménica,
lê-se no sítio online da Diocese
de Aveiro.
O ‘oitavário pela unidade da Igreja’, hoje com
outra denominação, começou a ser celebrado em 1908, por iniciativa do
norte-americano Paul Wattson, presbítero anglicano que mais tarde se converteu
ao catolicismo.
As principais divisões entre as Igrejas cristãs
ocorreram no século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja
copta, do Egito, entre outras); no século XI com a cisão entre o Ocidente e o
Oriente (Igrejas Ortodoxas); no século XVI, com a Reforma Protestante e,
posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra (Anglicana).
CB/PR
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