JUVENTUDE E preciso acreditar nos jovens
É preciso acreditar nos jovens
Cerca de dois milhões e seiscentos mil jovens se reuniram à volta do Papa, em Roma, para celebrarem o XV Dia Mundial da Juventude. Desde há 16 anos que os jovens têm mostrado o seu interesse por ouvir o Papa nas Jornadas Mundiais celebradas em vários países do globo. E João Paulo II sempre mostrou o seu carinho para com os jovens e grande compreensão para com os seus problemas. E, no ano 2000, manifestou um carinho repassado por uma confiança e a necessidade imperiosa de um compromisso dinâmico em ordem a um mundo que se quer novo.
Cerca de dois milhões e seiscentos mil jovens se reuniram à volta do Papa, em Roma, para celebrarem o XV Dia Mundial da Juventude. Desde há 16 anos que os jovens têm mostrado o seu interesse por ouvir o Papa nas Jornadas Mundiais celebradas em vários países do globo. E João Paulo II sempre mostrou o seu carinho para com os jovens e grande compreensão para com os seus problemas. E, no ano 2000, manifestou um carinho repassado por uma confiança e a necessidade imperiosa de um compromisso dinâmico em ordem a um mundo que se quer novo.
Na homilia de encerramento do XV DMJ,
João Paulo disse especialmente para os jovens:
“Queridos
jovens, Cristo ama-nos, sempre nos ama! Ama-nos mesmo quando O desiludimos,
quando não correspondemos às suas expectativas a nosso respeito. Jamais nos
fecha os braços da sua misericórdia. Como podemos não ser gratos a este Deus
que nos redimiu, deixando-Se ir até à loucura da Cruz? A este Deus que se
colocou da nossa parte e aqui ficou até ao fim?
Celebrar
a Eucaristia, “comendo a sua carne e bebendo o eu sangue”, significa aceitar a
lógica da cruz e do serviço, isto é, significa testemunhar a própria
disponibilidade para se sacrificar pelos outros, como Ele fez.
De um
testemunho assim, tem extrema necessidade a nossa sociedade; dele têm
necessidade hoje mais do que nunca os jovens, frequentemente tentados pelas
miragens duma vida fácil e cómoda, pela droga e pelo hedonismo, acabando depois
nas malhas do desespero, da falta de sentido da vida, da violência. É urgente
mudar de direcção tomando o rumo de Cristo, que é também o rumo da justiça, da
solidariedade, do empenho por uma sociedade e um futuro dignos do homem.
Esta
é a nossa Eucaristia, esta é a resposta que Cristo espera de nós, de vós,
jovens, na conclusão deste vosso Jubileu. Jesus não gosta de meias medidas e
não hesita a instar-nos com a pergunta: “Também vós quereis retirar-vos?” Como
Pedro, diante de Cristo, Pão de vida, também nós hoje queremos repetir:
“Senhor, para quem havemos nós de ir? Só tu tens palavras de vida eterna”. (Jo 6, 68)
Meus
amigos, ao regressardes às vossas terras, ponde a Eucaristia no centro da vossa
vida pessoal e comunitária: amai-a, adorai-a, celebrai-a, sobretudo ao domingo,
o dia do Senhor. Vivei a Eucaristia, testemunhando o amor de Deus pelos homens.
A
vós, queridos amigos, entrego o dom maior que Deus nos deixou a nós, peregrinos
pelas estradas do tempo, mas trazendo no coração uma sede de eternidade. Oxalá
haja sempre, em cada comunidade, um sacerdote que celebre a Eucaristia! Por
isso peço ao Senhor que faça florescer entre vós numerosas e santas vocações ao
sacerdócio. A Igreja precisa de quem celebre hoje também, com coração puro, o
Sacrifício Eucarístico.
De
modo particular, brote da participação na Eucaristia um novo florescimento de
vocações para a vida religiosa, que assegure a presença na Igreja de forças
novas e generosas para a grande tarefa da nova evangelização. Se algum ou
alguma de vós, jovens amigos, sente dentro de si o chamamento do Senhor para se
entregar totalmente a Ele e amá-lO “com coração indiviso” (1 Cor 7, 34), não se
deixe retrair pela dúvida ou pelo medo”.
João
Paulo II é admirável na ternura, na transparência, no carinho, na confiança,
que coloca na juventude. Ainda que à primeira vista, tudo pareça piorar ou
continuar na mesma. É certo que “os moínhos de Deus moem devagar mas com
segurança”, dizia o grande Bispo Tihámer Toth.
Creio
que este Papa acredita que passará o tempo das bagunçadas televisivas do nosso
tempo, a que assistimos por todo o lado, tendo-se transformado um meio de
instrução, informação e educação, num meio altamente corrosivo dos valores
morais, familiares, cívicos e humanos. Perante a falta de criatividade,
acredita num futuro que há-de ser melhor quando os homens parecem perder-se. E
mesmo quando as sociedades parecem afundar-se no abismo. Grande homem este Papa
João Paulo II! (N.F. da Palavra, nº25)
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