MOÇAMBIQUE “A PAZ DOS MOÇAMBICANOS”, paz depende da reconciliação”
MOÇAMBIQUE
“A PAZ DOS MOÇAMBICANOS”, paz depende da reconciliação”
Arcebispo Jaime Gonçalves diz que paz duradoura em
Moçambique depende da reconciliação
Lusa 29 Set, 2014, 18:27
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O
arcebispo emérito da Beira, centro de Moçambique, Jaime Gonçalves, defendeu
hoje que a manutenção da paz no país depende da reconciliação nacional e não
apenas da cessação da violência militar.
Jaime
Gonçalves propôs as vias para uma "paz duradoura" em Moçambique,
falando à comunicação social, à margem do lançamento do seu livro "A Paz
dos moçambicanos", "um apontamento pessoal" sobre o processo que
culminou com a assinatura, em 1992, do Acordo Geral de Paz entre o Governo
moçambicano e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o principal partido
da oposição, para o fim de 16 anos de guerra civil.
"O
livro propõe o projecto da conferência episcopal de Moçambique, propõe que o
fim da guerra civil não é por força das armas, mas por força da reconciliação",
disse Jaime Gonçalves, que integrou, em nome da Igreja Católica, a equipa de
mediadores do Acordo Geral de Paz.
Na
obra, com 147 páginas, Jaime Gonçalves entende que uma paz sólida em Moçambique
passará pelo "compromisso com a verdade e justiça, fraternidade, bem como
a solidariedade entre os moçambicanos".
A
construção de uma democracia real, uma civilização do amor e da vida, num
ambiente de liberdade, bem como a cultura de paz devem ser parte do esforço de
manutenção da paz em Moçambique, advogado o religioso.
"O
compromisso com a paz implica garantir uma educação científica e ética da
juventude", lê-se na obra, lançada hoje em Maputo perante personalidades
de vários quadrantes da sociedade moçambicana.
O
lançamento do livro acontece depois de em agosto o Governo moçambicano e a
Renamo terem assinado o acordo para o fim da violência militar que voltou a
assolar o país desde o primeiro trimestre do ano passado, opondo as Forças de
Defesa e Segurança e o braço armado do principal partido da oposição.
Os
confrontos provocaram um número indeterminado de pessoas e a destruição de bens
e a criação de escoltas militares para a circulação num troço de cerca de 100
quilómetros da principal estrada do país na região centro, onde a Renamo
reactivou algumas das antigas bases que usou durante a guerra civil terminada
em 1992.
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