FRANÇA Governo francês diz ter impedido atentado terrorista
FRANÇA
Governo francês diz ter impedido atentado terrorista
22/12/2015
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, anunciou esta
terça-feira que as autoridades francesas abortaram a semana passada os planos
de um atentado terrorista na região de Orleães, no centro do país.
CHARLES PLATIAU/REUTERS
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve
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Ameaças de terrorismo
Durante a operação, foram detidos dois franceses, com 20
e 24 anos, originários daquela mesma zona e que, segundo os órgãos de
comunicação social locais, previam atacar um quartel, uma gendarmeria (força
militar sobretudo encarregada de funções de polícia no âmbito da população
civil) e uma instalação militar.
O presidente da câmara da cidade, Olivier Carré,
sublinhou hoje ao canal televisivo BFM TV a necessidade de manter o plano
antiterrorista Vigipirate no nível máximo, e apoiou o estado de emergência
decretado pelo Executivo após os atentados 'jihadistas' de novembro e que
permanece em vigor até 26 de fevereirDe acordo com a BFM TV, os primeiros
elementos da investigação indicam que os detidos estavam em contacto com um
homem na Síria, tinham reunido verba para cometer o atentado e apenas
aguardavam por armas para passar à ação.
Segundo o ministro do Interior, 3.414 pessoas foram
afastadas das fronteiras de França desde o restabelecimento dos controlos, na
sequência dos ataques de 13 de novembro em Paris, "devido ao risco que
representam para a segurança e a ordem pública".
Cazeneuve - que não deu detalhes sobre as 3.414 rejeições
de entrada - recordou que, a 13 de novembro, quando ataques em vários locais de
Paris mataram 130 pessoas, a França restabeleceu o controlo das fronteiras,
como prevê o Código Schengen "em tais circunstâncias".
Para o governante, os resultados das medidas tomadas,
incluindo o decretar do estado de emergência, "são importantes",
sendo de assinalar que, até à data, "foram realizadas 2.898 pesquisas
administrativas", daí resultando a interpelação de 346 pessoas, a
colocação de 297 sob custódia policial e a prisão de 51 outras.
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