PORTUGAL NATAL: Bispos portugueses lembram «abandonados» da sociedade
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NATAL: Bispos portugueses lembram «abandonados» da
sociedade
(Lusa)
Mensagens inspiram-se no Jubileu da Misericórdia
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Os bispos das dioceses católicas
de Portugal dirigiram mensagens de Natal às comunidades católicas para lhes
recorda a importância de estar ao lado dos abandonados da sociedade, em
particular no Jubileu da Misericórdia convocado pelo Papa.
O bispo de Viana do Castelo incentiva neste Natal a “saborear a
misericórdia de Deus” e mobiliza a diocese a partilhar a misericórdia com os
que “mais precisam”, em especial idosos e doentes que são deixados sós.
“Infelizmente, ainda nos deparamos com casos de idosos e doentes
que são abandonados por aqueles que mais deveres tinham de os socorrer”,
constata D. Anacleto Oliveira.
Em Braga, o arcebispo primaz propõe para o Natal 2015 à criação
de “oásis de Misericórdia” em resposta aos “gritos” de quem procura atenção e
ternura.
"Acordemos e ouçamos tantos gritos a pedir ternura, carinho,
tempo, atenções, dinheiro", pediu D. Jorge Ortiga.
D. Antonino Dias, bispo de Portalegre-Castelo Branco, espera por
sua vez que cada católico “tenha presente os que não têm família, nem alegria,
nem paz, nem sequer sabem, pela incerteza do seu futuro, para onde é que se hão
de virar”.
"Há que substituir a cultura da indiferença pela cultura da
proximidade e da inclusão, a cultura do coração misericordioso de Deus, que nos
visita todos os dias", pede por seu turno o Bispo do Funchal, D. António
Carrilho.
O bispo da Diocese de Angra, D. António de Sousa Braga, apela na
sua mensagem a uma verdadeira “inserção” dos cristãos nas “lutas da vida em
sociedade” para que a festa “chegue a todos”, apesar da crise.
Em Coimbra, D. Virgílio Antunes sublinha a necessidade de um
“especial cuidado” com todos aqueles que “se encontram em situações de
debilidade, em virtude da idade, da doença, da divisão familiar, dos problemas
de trabalho, da falta de recursos humanos e dos meios materiais para viver de
uma forma justa e digna”.
O bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro. propõe
uma “cultura da ternura”, criada por adultos “educadores e testemunhas” junto
dos mais novos.
D. Manuel Pelino, bispo de Santarém assinala que o Natal
“manifesta a misericórdia de Deus” e deseja que “o seu olhar” se volte para os
mais desfavorecidos e ajude a “construir a paz, a lutar pela dignidade e a
testemunhar fraternidade e acolhimento”.
O arcebispo de Évora, D. José Alves, defende na sua mensagem para
este Natal que o melhor “presente” que os católicos podem oferecer é a
“misericórdia”.
Já D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, assina uma mensagem
com o título “Natal de ternura e misericórdia”.
“No meio da agitação própria da época do Natal, nós os cristãos
precisamos de um suplemento de interioridade para não reduzir o Natal a uma
festa de consumo”, refere.
O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, espera que o Natal seja
“festa da Misericórdia e da Família” e convoca a “fazer memória das 14 obras de
misericórdia”.
D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu fala do Natal como um
“suplemento de alma e de vida para todos”.
O bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, deseja que as
festividades do nascimento de Jesus “não sejam apenas mais uma comemoração” mas
“tempo de graça, prelúdio para uma nova geração”.
No mesmo sentido, D. Amândio Tomás, bispo de Vila Real deseja que
todos saibam “viver e apreciar” a festa do nascimento de Jesus, “desfigurada
pelo paganismo”, e se promova o respeito pela dignidade humana.
O bispo de Lamego, D. António Couto, escreveu que o Natal é um
“imenso caudal de luz e de alegria” de Jesus, embora exista quem pense em
“amansá-lo e enlatá-lo, domesticá-lo, e depois tomá-lo em pequenos comprimidos,
um por dia”.
Com críticas à mentalidade “anti-Natal’ que deteta em práticas
como a do aborto, D. António Vitalino, bispo de Beja, pede um “futuro com
Natal”, “repleto de esperança, de alegria e de perdão, na família, nas
empresas, na escola, na sociedade, na política e entre os povos”.
As mensagens estão em destaque na mais recente edição do semanário digital ECCLESIA. OC
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