PARIS ACORDO CLIMATICO 2015
PARIS
ACORDO CLIMATICO 2015
Mitigação
O
principal instrumento sobre o qual se constrói o acordo são as chamadas
“contribuições” nacionais. Por enquanto, 186 dos 195 países que negociavam já
apresentaram planos de redução de suas emissões. Quando analisados em conjunto,
esses programas de redução de emissões resultam em um aumento de cerca de 3o C na temperatura até o fim do século.
Por isso, o acordo estabelece que as contribuições deverão ser revisadas para
cima a cada cinco anos. A primeira análise será realizada em 2018, e a primeira
atualização, em 2020, quando entrará em vigor o acordo de Paris. Exige-se que
os países desenvolvidos reduzam suas emissões em suas contribuições nacionais.
As nações em desenvolvimento estão sendo incentivadas a limitar suas emissões
ou reduzi-las de acordo com suas capacidades.
Um
dos instrumentos fundamentais do acordo é a criação de inventários para que se
possa fazer um bom acompanhamento dos programas nacionais de redução. Estão
estabelecidas três categorias: os desenvolvidos, que deverão oferecer
informações completas, os emergentes, que terão uma exigência menor, e os mais
pobres, que terão um nível mínimo de obrigações.
Vinculação
O
ministro do Exterior da França, Laurent Fabius, insistiu que o acordo será
vinculante. O que não será legalmente vinculante são os objetivos de redução de
emissões de cada país. Esse ponto teve que ser incluído para evitar que os Estados
Unidos, o segundo maior emissor do
mundo, não ficasse fora do pacto. O país teria problemas para ratificá-lo em
casa se fossem impostas, de fora, metas concretas de redução das emissões.
Financiamento
Para
que os países com menos recursos possam se adaptar aos efeitos das mudanças
climáticas e para que também possam reduzir suas emissões, está estabelecida a
obrigação de que exista uma ajuda internacional. Os países desenvolvidos são os
que devem mobilizar os fundos. Outras nações também poderiam fazer aportes, mas
de maneira “voluntária”. O compromisso é conseguir que, até 2025, sejam
levantados 100 bilhões de dólares anuais, apesar de ainda não estar fixada uma
data para a revisão antes daquele ano. O texto apresentado possui duas partes:
o acordo e a decisão. O valor de 100 bilhões de dólares será recolhido na
decisão, que poderá ser revisada a cada ano.
Além
disso, o documento inclui a criação de um organismo internacional novo dedicado
às “perdas e danos”. Ou seja, para compensar os países que serão mais atingidos
pelas consequências das mudanças climáticas. O desenvolvimento desse novo órgão
ficará para o futuro. Por último, o acordo inclui ainda a criação de mecanismos
de mercado de emissões de gases de efeito estufa.
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