SÍRIA "Estado Islâmico" executa mais de 3.500 pessoas em um ano e meio na Síria
SÍRIA
"Estado Islâmico" executa mais de 3.500 pessoas em um ano e meio
na Síria
Cerca de 2 mil eram civis, entre mulheres e crianças. Vítimas foram acusadas por grupo jihadista de bruxaria, homossexualidade, infidelidade no casamento, renúncia da fé islâmica e espionagem, afirma organização.
Desde
que proclamou um califado em junho de 2014, o grupo extremista "Estado
Islâmico" (EI) já executou mais de 3.500 pessoas na Síria, afirmou neste
domingo (29/11) o Observatório Sírio para Direitos Humanos. A maioria das
vítimas, cerca de 2 mil pessoas, era formada por civis.
Ao
todo foram assassinadas 3.591 pessoas, entre elas 103 mulheres e 77 crianças.
As vítimas foram acusadas pelos jihadistas de bruxaria, homossexualidade,
infidelidade no casamento, renúncia da fé islâmica, além de espionagem para a
coalizão internacional que promove ataques aéreos contra o "Estado
Islâmico" desde setembro de 2014.
De
acordo com a organização de direitos humanos, a metade das vítimas civis
pertencia à tribo sunita Shaitat. Em 2014, o EI matou aproximadamente 930
integrantes do grupo na província de Deir ez Zor, na Síria, depois de uma
rebelião promovida contra os extremistas.
Além
dos civis, os extremistas executaram 975 agentes das forças de segurança, 200
combatentes de grupos rebeldes e mais 400 militantes do próprio EI que queriam
desertar. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, com sede em
Londres, os dados foram recolhidos por uma rede de ativistas locais.
Assassinatos em massa
O
califado proclamado pelo "Estado Islâmico" abrange a região que ia de
Aleppo, no norte da Síria, até Diyala, no leste do Iraque. O grupo extremista
também promove execuções em massa no território iraquiano.
No
norte do Iraque foi encontrada neste sábado uma vala coletiva com mais de 120
pessoas que teriam sido mortas pelos jihadistas. A área fica a cerca de dez
quilômetros da cidade de Sinjar, que foilibertada do poder dos terroristas em meados de novembro por combatentes peshmerga e
voluntários yazidi.
Essa
foi a sexta vala coletiva descoberta na região. Em uma delas foram encontrados
os restos mortais de cerca de 80 mulheres que tinham entre 40 e 80 anos.
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