AMÉRICA LATINA Mais de 10% da população latino-americana descendem de nobres

AMÉRICA LATINA
Posted: 26 Sep 2016 01:30 AM PDT
Casamento de Martín García de Loyola 
(parente de Santo Inácio) e Beatriz Clara Coya 
(da família real dos Incas).  
Na igreja da Companhia, Cusco, Perú, século XVII
Entre 10% e 15% da população latino-americana actual descendem de nobres espanhóis e portugueses, segundo as pesquisas genealógicas e demográficas do sociólogo colombiano Mario Jaramillo e Contreras, membro da Junta Directiva da Real Associação de Fidalgos da Espanha .EJaramillo investigou durante anos o impacto dos descendentes da nobreza espanhola e portuguesa na população latino-americana. E defende a necessidade de se desmitificar a “lenda negra” que identifica como “delinquentes ou aventureiros sem escrúpulos” a grande maioria dos espanhóis que embarcaram nos séculos XV e XVI com destino às terras americanas.
Foram milhares os nobres que embarcaram naquelas viagens, com a ideia de conhecer o Novo Mundo, primeiro”, e a fim de “contribuir para seu desenvolvimento político, econômico e cultural”, argumenta
O especialista assegura que foram eles “os grandes protagonistas no descobrimento e colonização da América Latina”.
Jaramillo acrescenta que os processos americanos de independência em relação à Espanha e a Portugal no século XIX “não se entenderiam sem a participação directa de nobres”.
María de la Luz Padilla y Cervantes.
Nicolás Enríquez (1735), Brooklyn Museum.

Por isso, ressalta ele, “os conceitos de nobreza e fidalguia são avaliados muito positivamente na América Latina”.
O sociólogo diz tratar-se de conceitos “que envolvem orgulho em boa parte da população” latino-americana. Por isso também “poucos são os que não quiseram conhecer as origens de seus sobrenomes” Formado em Direito, doutor em Sociologia e com estudos posteriores na Universidade de Harvard, Mario Jaramillo foi professor em centros universitários da Colômbia, Espanha e EUA. Sua análise histórico-sociológica projeta luzes que ajudam a entender o assanhamento das minorias marxistas latino-americanas contra as elites locais, associadas muitas vezes à fundação, desbravamento, civilização e evangelização do nosso continente. Na perspectiva marxista, seja a de origem soviético-chinesa, seja a pregada pela Teologia da Libertação, há uma analogia profunda.O “sans-culotte” da Revolução Francesa degolando rei e nobres, e o bolchevista chacinando nobres e burgueses têm seus assemelhados latino-americanos.Eles são os militantes dos “movimentos sociais” e das CEBs, contrários aos proprietários agrícolas e urbanos, aos brancos, aos missionários e aos filhos de Nossa Senhora engajados na grande obra evangelizadora e civilizadora de nosso continente outrora submerso na ignorância, na miséria, na superstição e até em práticas indígenas satânicas.
O trabalho do Dr. Jaramillo desvenda um aspecto da nossa realidade que desperta o ódio de classe do marxismo e da teologia da libertação. Ódio que também atiça o “nós contra eles” do lulopetismo e do “socialismo do século XXI”.

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