BRASIL Brasil: Espírito Santo pede mais militares para conter violência
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Brasil: Espírito Santo pede mais militares para conter violência
O governador interino do estado
brasileiro do Espírito Santo, César Colnago, disse necessitar de mais militares
para lidar com a greve de polícias e a onda de violência que já fez mais de 80
mortos.
Reuters
Lusa09 de Fevereiro de 2017 às 00:44
O responsável disse esta quarta-feira aos jornalistas que
vai pedir mais tropas ao governo federal, acrescentando que os 1.000 soldados
já enviados não são suficientes para conter a onda de violência.
Os assassinatos na capital do estado, Vitória, e
noutras cidades, começaram quando amigos e familiares da polícia militar
bloquearam os quartéis no fim-de-semana para exigir melhores salários, o que
impediu o patrulhamento das ruas.
A polícia militar brasileira patrulha as cidades do
país e está proibida por lei de fazer greve.
André Garcia, chefe do departamento de segurança
pública do Espírito Santo, disse na quarta-feira aos jornalistas que a
violência diminuiu, com a chegada das primeiras tropas, mas acrescentou que
gostaria de ver mais 1.000 soldados no estado.
O sindicato que representa a polícia civil disse
que 87 pessoas foram assassinadas desde que a polícia parou de patrulhar as
ruas, na noite de sexta-feira. O governo do estado não divulgou o número de
mortes.
Pelo menos dois autocarros foram queimados em
Vitória e lojas foram saqueadas, levando seis centros comerciais a encerrar. As
escolas também fecharam e os serviços médicos nos hospitais públicos também
foram interrompidos.
Na quarta-feira, o governador do Espírito Santo,
estado no sudeste do Brasil, Paulo Hartung, classificou de chantagem a
paralisação dos polícias.
"O que está a acontecer no Espírito Santo é
chantagem aberta", disse o governador, que está de licença por causa de
uma cirurgia mas que deve reassumir o cargo na próxima semana.
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