PORTUGAL Portugal responde a Trump e elogia papel da NATO e capacidades europeias
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Portugal responde
a Trump e elogia papel da NATO e capacidades europeias
O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, sustentou que seria "um
desastre" se o papel da NATO diminuísse e defendeu o reforço das
capacidades europeias, posições que levará na segunda-feira ao encontro com os
homólogos do sul da Europa.
© DR POLÍTICA DEFESA 05.02.2017 16H00 POR LUSA |
Portugal defende muito claramente a organização e considera que seria um desastre se porventura o seu papel fosse diminuído", afirmou o governante à agência Lusa, antecipando o encontro do Porto, no qual receberá os ministros da Defesa de Espanha, França e Itália.
Um desastre "porque desde há décadas a organização
tem conseguido garantir a defesa dos países europeus e dos que são membros da
organização como os EUA e o Canadá", frisou o ministro português.
O encontro de
segunda-feira antecede a reunião dos ministros de Defesa dos 28 países da NATO,
dias 15 e 16, em Bruxelas, na qual, sublinhou, estará presente pela primeira
vez o novo secretário da Defesa norte-americano, o general reformado James
Mattis.
Azeredo Lopes admitiu
"uma certa expectativa" sobre a posição da nova administração
norte-americana em relação ao futuro da NATO, considerando que os EUA
representam 75 por cento das capacidades da Aliança Atlântica.
"Havendo coisas que,
no nosso entender, poderão ser aperfeiçoadas, é preferível que assim seja do
que estar a desqualificar a organização, isso iria enfraquecê-la", disse
Azeredo Lopes.
Os quatro ministros do
"Quarteto do Sul" vão discutir e concertar posições sobre a relação
transatlântica entre os parceiros da NATO, o modelo de atuação da aliança para
o Sul, e a forma de reforçar as capacidades de Defesa europeias para
"diminuir as dependências e consolidar uma abordagem europeia" da
política de Defesa.
O Presidente
norte-americano, Donald Trump, afirmou em entrevistas antes da sua tomada de
posse, em janeiro, que a NATO é uma "organização obsoleta", criada
"há muitos, muitos anos", e criticou os países membros da aliança que
não pagam as suas contribuições.
"Há que debater com
serenidade o que é possível antecipar de tomadas de posição que têm vindo a ser
adotadas pela administração norte-americana", afirmou o governante
português.
Azeredo Lopes salienta que
o reforço da política de Defesa europeia não pode servir para "tapar as
dificuldades" que existem "no âmbito de um reforço de coesão social,
da união económica e monetária" e dos problemas que surgiram quando o
Reino Unido votou em referendo pela saída da União Europeia, em junho passado.
A reunião do Porto está
prevista para as 15:00 no Palácio da Bolsa, onde Azeredo Lopes será o anfitrião
dos seus homólogos de Espanha, Maria Cospedal, França, Jean-Yves le Drian, e
Itália, Roberta Pinotti.
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