SMBN A dor, os doentes e a Missão por P. FARIAS
SMBN das nossas casas e missões
RETAGUARDA MISSIONÁRIA
A dor, os doentes e a Missão por P. FARIAS
O anúncio da Boa Nova é um
mistério que nos ultrapassa mas que se faz com a colaboração de todos. Ninguém
pode ficar de fora nesta tarefa. Cada qual dando a sua quota-parte de acordo
com a sua situação e possibilidade.
Há, creio eu, uma grande
energia espiritual que não está ser devidamente orientada para o serviço da
Missão. A dor, o sofrimento, a solidão não são uma maldição. São situações que
manifestam os nossos limites humanos já assumidos por Jesus na Sua Vida e
Paixão e por Ele transformados em Vida e Ressurreição. A debilidade humana
torna-se uma força divina quando é potenciada pela força da Ressurreição de
Jesus. Se os nossos idosos, doentes, encarcerados e portadores de outros
limites humanos fossem estimulados a fazerem das suas limitações uma entrega a
Jesus a favor da salvação dos homens e do mundo, estariam a colaborar de
maneira extraordinária na obra missionária. O anúncio do evangelho só é eficaz
quando acompanhado pela graça. Esta precede, acompanha e garante o acolhimento
e a resposta da fé. Senti isso muitas vezes na Missão. Houve situações em que
apalpei essa força divina vinda de não sei onde, mas que tornou eficaz o
trabalho realizado.
Estamos a chegar à celebração
do dia mundial do doente no dia 11 de Fevereiro. Estamos a entrar também,
dentro dias, na quaresma. São tempos de graça para todos, mas de modo particular
para as pessoas mais debilitadas. Seria um bom trabalho missionário se, durante
esta quadra, visitássemos os doentes e idosos, e os estimulássemos para a
entrega das suas vidas ao serviço da Missão. Deste modo estaríamos a fazer uma
grande obra de misericórdia, e a proporcionar-lhes uma grande oportunidade de
salvação das suas vidas através da sua oferta ao Senhor a favor da obra
missionária e pela salvação dos homens.
A oração, o sacrifício e a
oblação generosa da vida são uma força espiritual que precede a missão e
garante a sua eficácia. Deste modo as pessoas que vivem esta mística estão a
valorizar-se não só espiritualmente, mas até a enriquecer-se humanamente porque
activas a favor de causas grandes. Era preciso dizer-lhes e fazer-lhes sentir que
são verdadeiramente missionárias.
Fizemos o livrinho “Rezar a
dor” para ajudar os nossos idosos e enfermos a viver essa sua vocação
missionária. Seria bom se, nesta quadra do ano, o divulgássemos em ordem a
valorizar a nossa vanguarda missionária. Embora estejam no silêncio e no
escondimento, a sua colaboração precede o trabalho dos missionários. Por isso,
embora se situem na retaguarda, pela sua acção se
transformam em verdadeira vanguarda da Missão.
Esta é uma proposta que faço a
todos os nossos colaboradores e amigos, aos grupos missionários, para que
colaborem na vivência do dia do doente quer pela presença e mesmo com algumas
manifestações festivas, e levando crianças e jovens a visitá-los: primeiro para
que não se sintam sós e abandonados, depois para que eles possam fazer das suas
vidas uma entrega generosa ao serviço da Missão. Vamos empenhar-nos todos no
serviço missionário colaborando para que outros, e desta vez os mais frágeis,
sejam também missionários. Contamos com a colaboração de todos. in VM-fev.2017
(532)
Comentários
Enviar um comentário