VATICANO Papa diz que pobres e marginalizados ensinam a manter esperança
VATICANO
Papa diz que pobres e marginalizados ensinam a
manter esperança
08 de
Fevereiro de 2017, às 14:23
Foto: Lusa |
Francisco convida a construir pontes em vez de muros, ao
encontro dos mais desfavorecidos
Cidade do Vaticano, 08 fev 2017 (Ecclesia) - O Papa
Francisco disse hoje no Vaticano que os pobres e marginalizados ensinam a
“manter” a esperança, convidando todos a construir pontes em vez de muros.
“Esperamos porque muitos irmãos e irmãs nos ensinaram a
esperar e mantiveram viva a nossa esperança. Entre eles, destacam-se os
pequenos, os pobres, os simples e os marginalizados, sim, porque não conhece a
esperança quem se fecha no próprio bem-estar”, declarou, na audiência pública
semanal, perante milhares de pessoas reunidas na sala Paulo VI.
O Papa, que está a apresenta um ciclo de reflexões sobre
a esperança, sublinhou que ninguém aprende “sozinho” a esperar, porque esta
virtude exige a ajuda e o exemplo da comunidade.
“Quem espera são aqueles que experimentam, em cada dia, a
provação, a precariedade e os próprios limites. Esses nossos irmãos dão o
testemunho mais bonito, mais forte, porque permanecem firmes na confiança em
Deus, sabendo que além da tristeza, da opressão e da inevitabilidade da morte,
a última palavra será a sua, uma palavra de misericórdia, vida e paz”,
sublinhou.
Francisco apelou a uma “proximidade solidária” que leve o
“calor da Igreja” a quem sofre.
“Este dever não está circunscrito aos membros da
comunidade eclesial, mas estende-se a todo o contexto civil e social, como
apelo a não criar muros mas pontes, a não pagar o mal com o mal mas vencer o
mal com o bem, a ofensa com o perdão, a viver em paz com todos”, acrescentou.
No final da audiência, o Papa Francisco recordou que,
nesta terça-feira, foi beatificado em Osaka, no Japão, Justo Takayama Ukon,
leigo japonês martirizado em 1615.
“Em vez de negar a sua fé, renunciou a honrarias e
privilégios, aceitando a humilhação e o exílio. Permaneceu fiel a Cristo e ao
Evangelho. Por isso, é um grande exemplo de fortaleza na fé e dedicação na
caridade”, explicou.
OC
Notícia atualizada às 15h30
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