BRASIL MARANHÃO As novidades da Casa de Nazaré por P. CASIMIRO JOÃO
BRASIL
MARANHÃO
As novidades da Casa de Nazaré por P. CASIMIRO JOÃO
Eu suponho que quando um par de jovens junta a sua vida
para formar uma família, a maior
preocupação surge logo: e agora: o filho chegou, como
educar esta criança? Há pais que terão muitos
conhecimentos, mas haverá outros com muitos receios, como
marinheiros de primeira viagem.
Augusto Cury dá algumas dicas: “educadores que querem
controlar tudo na educação dos filho acabam
transmitindo o que mais detestam, a insegurança e o medo.
A culpa excessiva esmaga a lucidez, e o
desespero esfacela o prazer de viver. Quem não corre
riscos está inapto para educar”.
Desde que recebeu o convite para conceber o menino Jesus,
o mundo da jovem Maria de Nazaré virou
do avesso. Ela estava só. A não ser seu futuro marido,
ninguém poderia oferecer-lhe o ombro para
chorar.
Tinha que usar suas lágrimas para irrigar a serenidade e
se conhecer para não entrar em desespero. A
jovem mãe do menino Jesus viveu uma vida pautada
por factos imprevisíveis. “Educar é caminhar sem
ter a certeza de onde se vai chegar” (A.Cury).
«Maria devia ser óptima contadora de histórias. Contava
não apenas a sua história, mas a história de seu povo e dos personagens que o
marcaram.»
O Menino Jesus devia colocar as mãos sobre a mesa
que seu pai havia feito e ouvir prolongadamente a
sua mãe. Jesus também leu o mundo e com sua mãe ia
entendendo os seus problemas.
Maria contava a história de sua vida, e os seus
conflitos. Os educadores aconselham isso. Como instruir os filhos a lidar com
os seus conflitos, se nos calamos sobre os nossos?
Treinamos para realizar tarefas, fazer provas, praticar
desporto, dirigir carros, lidar com a conta no
Banco, mas não para falar de nós mesmos. “Somos especialistas em maquiar o que somos”
(A.Cury).
Para muitos perfeccionistas vale também esta assertiva:
Quem é plenamente saudável? Somos todos
imperfeitos, mas sentimos a necessidade neurótica de ser
perfeitos. Para Jesus somente é grande
quem enxerga sua pequenez, somente é saudável quem assume
sua doença.
Mais que disciplinar, falar com segurança, colocar
limites, devemos encantar nossos filhos com o filme
de nossa existência” A.Cury).
Um olhar sobre a família de Nazaré nos dá outra lição.
Jesus entendeu que não há quem torne os
outros infelizes se primeiro não está machucado (lei da
psicologia social tal como a lei da gravidade). O
que leva ao seguinte esclarecimento: «por trás de uma
pessoa que fere há sempre uma pessoa ferida. É
por isso que Jesus se treinou para perdoar e falar sobre
o perdão. O perdão será uma utopia se não
compreendermos o outro na sua dimensão interior. Perdoar
não é um acto coitadista, mas de elevada
inteligência.»
Muitas pessoas montaram um departamento de cobrança em
suas casas, são especialistas não em se
amar, mas em se cobrar. E especialistas em exigir o que
não podem dar.
Jesus era especialista em se doar, e mais especialista
ainda em não querer dos outros a mesma
resposta. Esperava ser amado, mas não esperava
ansiosamente o retorno. Era o segredo do seu
equilíbrio emocional.
Este é o segredo do equilíbrio emocional de nossa vida. E
uma das maiores lições da Casa de Nazaré.
(Blog de Chapadinha)
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