CARIBE Crianças deslocadas por tempestades (Furacão Dorian)
CARIBE
Crianças
deslocadas por tempestades (Furacão Dorian)
BR 6 dezembro 2019 ONU News
Furacão Florence, fotografado a partir da Estação Espacial Internacional em 12 de setembro de 2018. Foto: ESA/Nasa–A. Gerst |
Foto ONU/Mark Garten
Vista da destruíção nas Bahamas causada pela
passagem do pelo furacão Dorian.
Previsão
é de que mudanças climáticas causem mais furacões nas categorias 4 e 5 na
região; chefe do Unicef diz que crianças já “estão sentindo os impactos das
mudanças climáticas”.
O
número estimado de crianças deslocadas por tempestades e inundações nas ilhas
do Caribe teve um aumento de seis vezes nos últimos cinco anos.
De
acordo com um novo relatório publicado nesta sexta-feira, 6 de dezembro, pelo
Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, cerca de 761 mil crianças
foram deslocadas internamente por tempestades entre 2014 e 2018 na região.
Estes também foram os cinco anos mais quentes já registrados.
Esse
é um aumento de quase 600 mil meninos e meninas, em comparação com as 175 mil
crianças deslocadas nos cinco anos anteriores, entre 2009 e 2013. Para a
diretora-executiva do Unicef, Henrietta Fore, "este relatório é uma
lembrança forte de que a crise climática é uma crise dos direitos da
criança."
Fore
disse que as crianças “já estão sentindo os impactos das mudanças climáticas, e
por isso governos e a comunidade internacional devem agir agora para mitigar
suas consequências mais arrasadoras.”
Segundo
o relatório, a principal causa do aumento foi uma série de ciclones ou furacões
tropicais catastróficos que atingiram a região entre 2016 e 2018, incluindo
quatro tempestades de categoria 5 e duas de categoria 4. Mais de 400 mil
crianças foram deslocadas por furacões apenas em 2017.
A
agência da ONU alerta que, sem ações urgentes para mitigar os efeitos das
mudanças climáticas, a proporção crescente de tempestades severas provavelmente
resultará em níveis igualmente altos de deslocamento forçado nas próximas
décadas.
Esse
deslocamento pode ser relativamente curto ou durar anos, à medida que as
comunidades reconstroem casas, estradas, pontes, redes de energia, agricultura,
escolas, hospitais e sistemas de água e saneamento. As crianças são
particularmente vulneráveis, principalmente se forem separados de suas famílias
ou se os pais morrerem.
Os
menores também sofrem um risco maior de contrair doenças oportunistas,
como sarampo e infecções respiratórias, que podem se espalhar em condições de
superlotação em abrigos de emergência. Outro problema é o acesso limitado ou
inexistente aos serviços essenciais de que precisam para prosperar, incluindo
educação, proteção e cuidados de saúde.
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