SOMÁLIA 92 mortos e 128 feridos
SOMÁLIA 92 mortos
PELO MENOS 92 MORTOS E 128
FERIDOS APÓS ATENTADO EM MOGADÍSCIO
SOMÁLIA 28-12-2019 18:59
Por Redação
Pelo menos 92 pessoas morreram e 128 ficaram feridas este
sábado, na sequência da explosão de um carro num posto de controlo de estrada
em Mogadíscio, capital da Somália.
Estes são os números mais recentes fornecidos à agência
Efe pelo médico Nasra Ali, do Hospital Medina, que advertiu para o facto de
muitos dos feridos «estarem a morrer por falta de sangue».
Entre os mortos há dois engenheiros de nacionalidade
turca, que no momento da explosão realizavam obras na estrada que une
Mogadíscio a Afgoye, e pelo menos 17 estudantes da Universidade de Benadir, que
se encontravam dentro de um miniautocarro a atravessar o cruzamento.
O atentado ocorreu às 8.00 horas locais (5.00 em Lisboa),
quando um presumível suicida fez rebentar o veículo perto de uma repartição de
impostos, num posto de controlo utilizado por veículos que saem e entram em
Mogadíscio a partir da cidade de Afgoye.
O ataque de hoje é o terceiro mais mortífero da
história recente de Mogadíscio, apenas superado pelo de Zoobe e, em outubro de
2011, pela explosão de um suicida, que pertencia ao grupo 'jihadista' Al
Shabab, e que matou mais de 100 pessoas.
«Envio as minhas mais
profundas condolências às famílias e amigos que perderam entes queridos», disse
o Presidente Mohamed Abdulahi Farmajo, numa conferência de imprensa.
«É claro que os terroristas não
deixarão tranquila uma única pessoa neste país. Eles são nossos inimigos e
temos que centrar-nos em eliminá-los», frisou o chefe de Estado.
Até ao momento ninguém
reivindicou a autoria do atentado.
Mogadíscio sofre
frequentemente atentados do Al Shabad, organização terrorista que se filiou em
2012 na rede internacional Al Qaeda e que controla parte do centro e sul da
Somália, onde aspira a instaurar um Estado islâmico de cariz 'wahabi'
(ultraconservador).
A Somália vive em estado de
conflito e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohamed Siad Barré,
o que deixou o país sem governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas e dos
denominados ‘senhores da guerra’.
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