COP25 / economia do futuro
COP25 / economi do futuro
“A economia verde é a economia do futuro”, destaca Guterres na COP 25
BR ONU News 12 dezembro 2019
OIT/ Marcel Crozet
O secretário-geral também lembrou a
iniciativa Ação Climática para o Emprego,
lançada durante a COP 25.
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No penúltimo dia da
Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, evento foca na ação
climática e empregos; secretário-geral lembrou que atualmente “milhões de
trabalhadores estão na linha de frente dos impactos climáticos”.
O mundo ainda está “perdendo a corrida climática”. Foi
que assim que o secretário-geral das Nações Unidas deu início ao seu discurso
em evento com foco na ação climática e empregos, que aconteceu nesta
quinta-feira na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, COP 25.
A COP 25, realizada em Madri,
é a Conferência das Partes da Convenção sobre Mudança Climática, UNFCCC.
Foto: Unfccc
Na conferência, que encerra nesta sexta-feira em
Madri, na Espanha, António Guterres lembrou que no ritmo atual, o mundo pode
esperar um aquecimento entre 3ºC e 4ºC até o final do século, mas que é
possível “escolher outro caminho.”
Impactos
De acordo com Guterres, essa tragetória também envolve
empregos, saúde, educação, oportunidades e o futuro das pessoas.
O secretário-geral destacou que “hoje, milhões de
trabalhadores estão na linha de frente dos impactos climáticos” e que muitas
pessoas “em setores como turismo e agricultura estão perdendo” seus meios de
subsistência. Fora isso, “outros têm que suportar condições de trabalho
insuportáveis.”
Para o chefe da ONU, a resposta para a crise climática
está na transformação de como a eletricidade é gerada, as cidades projetadas e
as terras gerenciadas. Mas isso também exige ações para melhorar a vida das
pessoas. Ele acrescentou que “isso significa garantir que os compromissos
nacionais sob o Acordo de Paris incluam uma transição justa para pessoas cujos
empregos e meios de subsistência são afetados” durante a transição para um
economia verde.
Transformação
Guterres afirmou que é preciso que os governos se
comprometam, que as empresas assumam a liderança e que todos adotem a transformação
que levará “a um mundo neutro em carbono até 2050.” Dados da ONU indicam
que uma economia de baixo carbono representa uma oportunidade de crescimento de
US$ 26 trilhões que pode criar 65 milhões de novos empregos até 2030.
Além disso, os setores de empregos que “mais crescem
em várias economias são os relacionados a energia solar, eólica e geotérmica e
negócios relacionados.”
Para o secretário-geral, “a economia verde é a
economia do futuro” e é preciso abrir caminho para ela agora.
Iniciativa
O secretário-geral também lembrou a inciativa Ação
Climática para o Emprego, que foi desenvolvida com a Organização Internacional
do Trabalho, Espanha e Peru e lançada durante a COP 25.
A iniciativa coloca a criação de empregos e a proteção
dos meios de subsistência no centro dos planos nacionais de ação climática. Já
existem mais de 40 países comprometidos com o desenvolvimento de um plano de
transição justo.
A Ação Climática para o Emprego estabelece medidas
específicas, como desenvolvimento de competências, particularmente para
mulheres e grupos marginalizados. Também envolve a criação de políticas
de proteção social para trabalhadores e grupos vulneráveis, avaliação dos
impactos sociais e econômicos e do potencial dos empregos verdes.
Emergência
Climática
Nesta quinta-feira, António Guterres também fez uma
participação ao vivo no Facebook. Ele disse que “os países precisam se
comprometer a fazer o que precisa ser feito.”
Para o chefe da ONU, é preciso que os governos
entendam “que a emergência climática já está aqui” e que os governos “precisam
agir e agir agora”. Ele afirmou que todos precisam “dizer a seus governos para
agir agora e votar de acordo.”
FAO
Em outro encontro à margem COP25, o diretor-geral da
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, destacou o
papel da agricultura na oferta de soluções baseadas na natureza.
Para Qu Dongyu, essas soluções envolvem ações em
florestas e outros ecossistemas, incluindo solos, água, pecuária, oceanos e
sistemas alimentares. Dongyu apontou que será necessário “reestruturar as
cadeias de produção de alimentos, as cadeias de valor e as cadeias de
suprimentos".
O chefe da agência da ONU acredita que “a única
solução é a inovação."
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