Na missão: um coração que ama, uma voz que chama Por P. Marcolino Capingana a


Desafio jovem
Na missão: um coração que ama, uma voz que chama
Por P. Marcolino Capingana   in Boa Nova-nov 2019
Ainda há jovens com o coração ardente, do desejo profundo, que aponta para Deus: Ele é o porto seguro que dá sentido à vida. Por isso, na contramão do mundo, jovens acorrem à igreja, à oração, ao voluntariado, ao estudo da Bíblia. Há milhares de anos soou a voz divina a Isaías: «Quem irá por nós, a quem enviaremos (Is 6,8)»? Talvez hoje a inquietude do jovem seja esta: e se Deus me chama? Como posso saber que Ele me chama? Como Samuel, o jovem pode não perceber claramente a voz e a mensagem. Precisa de um intérprete. Jovens, alegrai-vos com a sede de Deus, pois Ele chama sempre! Continuai, Senhor, a chamar, a amar! Suscitai, Senhor, novos intérpretes, como Eli (Sm 3,1-9), para indicar a resposta certa a cada jovem da comunidade, da vizinhança, da catequese, do movimento, da pastoral, da universidade. A resposta existe; cada um pode comprometer-se conforme a força intrínseca que tocou seu coração: há uns que partem para voltar, outros sem voltar; ente os que voltam, há os que vão por 30 dias, outros por um semestre, outros por um ano, outros pela vida toda. Todos partem para uma missão. Neste partir está a segunda parte do chamado em Isaías: «Eis-me aqui, Senhor, envia-me». O «eis-me aqui…» corresponde à disponibilidade do discípulo.
É disponível, não apenas porque aceita a missão, senão antes porque aceita receber as instruções. A escola missionária, em que Jesus é o Mestre por excelência, é longa: tem etapa inicial, mas exige atualização. Assim, o estado permanente da missão implica o estado permanente da formação. Nessa formação, o recurso principal é a oração.
A oração é fundamental na missão. Jesus, ao escolher os 12, fez um longo tempo de oração (Lc 6,12-16). E, ao chegar a hora de ser glorificado, fez a longa oração, para que os seus discípulos se mantivessem unidos, salvos (Jo 17,1-26).
Portanto, Jesus não é apenas um Mestre instrutor, mas um cuidador dos seus discípulos. Moisés sempre recorreu a Deus na condução do povo hebreu, para que houvesse mantimentos, perdão e conversão (Ex 34,9; Nm 14,19). Como Mestre, Jesus é a lâmpada, a seta, a bússola. Como modelo de oração, Ele é o nosso intercessor junto do Pai. É ele que nos ensina a pedir. Como diz o Apóstolo, nem sempre recebemos o que pedimos, pois pedimos mal. Mas pela condescendência de Deus, o Espírito Santo vem em nosso auxílio, com gemidos inefáveis, para obtermos a linguagem apropriada nas nossas petições (Rm 8,26). Que Jesus mande sempre operários para Sua messe. Que Maria interceda por nós, junto do seu Filho. Ela é a discípula missionária.
Na foto, 400 jovens são crismados em Caxinas

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