POBRES miséria global


POBRES miséria global
 Papa denuncia situações de miséria a nível global
Nov 16, 2019 - 20:01      
Francisco alerta para insustentabilidade de sistema que exclui maior parte da humanidade
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O Papa assinala este domingo o III Dia Mundial dos Pobres, no Vaticano, denunciando a existência de um “túnel” sem fim de miséria, em toda a humanidade, que exclui a maior parte da população mundial, gerando uma situação que será insustentável, a curto prazo.
“A condição de marginalização, em que vivem acabrunhadas milhões de pessoas, não poderá durar por muito tempo. O seu clamor aumenta e abraça a terra inteira”, escreve, na mensagem para o III Dia Mundial dos Pobres, uma celebração instituída na Igreja Católica pelo próprio Francisco.
O texto, divulgado pelo Vaticano no início de junho, denuncia “formas de novas escravidões” a que estão submetidos milhões de homens, mulheres, jovens e crianças, nos dias de hoje.
O Papa evoca, em particular, “os milhões de migrantes vítimas de tantos interesses ocultos”, as pessoas sem-abrigo e marginalizadas e os pobres que procuram, no lixo, algo com que se “alimentar ou vestir”.
A mensagem alerta para a rejeição destas populações na própria arquitetura das cidades contemporâneas, que procura “desembaraçar-se da sua presença mesmo nas estradas, os últimos espaços de acolhimento”.
“Drama dentro do drama, não lhes é consentido ver o fim do túnel da miséria”, adverte.
Aos pobres, frequentemente considerados parasitas da sociedade, não se lhes perdoa sequer a sua pobreza. A condenação está sempre pronta. Não se podem permitir sequer o medo ou o desânimo: simplesmente porque são pobres, serão tidos por ameaçadores ou incapazes”.
A mensagem, com o título ‘A esperança dos pobres jamais se frustrará’, é simbolicamente apresentada no dia da festa litúrgica de Santo António, 13 de junho.
O Papa explica que, com esta escolha de temática, quis mostrar que “esperança perdida devido às injustiças, aos sofrimentos e à precariedade da vida será restabelecida”, convicção que surge como resposta à pergunta “como é que Deus pode tolerar esta desigualdade?”.
Francisco questiona a “retórica” sem consequências com que os responsáveis da sociedade tratam a “multidão de pobres”, cada vez mais marginalizados.





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