59 | A verdadeira amizade só em Deus Santo Agostinho afirmava que a única coisa “que nos pode consolar nesta sociedade humana tão cheia de trabalhos e de erros é a fé não fingida e o amor que os verdadeiros amigos professam uns aos outros”. Uma verdadeira amizade é bela como uma obra de arte. É por isso, talvez, que ela é cada vez mais rara. Podemos, com efeito, ter muitos companheiros, muitos colegas, muitos camaradas, mas nunca muitos amigos. A amizade é também como uma planta delicada que, depois de nascer, precisa de especiais cuidados para ser cultivada, e minuciosas atenções para crescer e nunca se degradar. Fala-se hoje muito de amizade e vive-se muito menos em amizade. Porque é exigente. E até há quem a confunda com simpatia, camaradagem, companheirismo, namoro e até erotismo ou apoio económico ou outros interesses. A amizade não busca a utilidade – embora não poucas amizades se apresentem como um negócio - a amizade pensa mais em dar do que em receber, em dar ao outro o melhor de si mesmo. A amizade espera e dá todo o apoio gostosa, ainda que sacrificadamente. A verdadeira amizade é mutuamente enriquecedora. É a renúncia a dois egoísmos e a soma de duas generosidades. Como escreveu Martin Descalzo: “ser um bom amigo ou encontrar um bom amigo são as duas coisas mais difíceis do mundo” Ser amigo de verdade, é o que devemos tentar ser, ainda que muitos não sejamos capazes disso porque fundamentamos a amizade nos pseudovalores que acima referimos.
59 | A verdadeira amizade
só em Deus
Santo Agostinho afirmava que a única coisa “que nos pode consolar nesta sociedade humana tão cheia de trabalhos e de erros é a fé não fingida e o amor que os verdadeiros amigos professam uns aos outros”. Uma verdadeira amizade é bela como uma obra de arte. É por isso, talvez, que ela é cada vez mais rara. Podemos, com efeito, ter muitos companheiros, muitos colegas, muitos camaradas, mas nunca muitos amigos. A amizade é também como uma planta delicada que, depois de nascer, precisa de especiais cuidados para ser cultivada, e minuciosas atenções para crescer e nunca se degradar. Fala-se hoje muito de amizade e vive-se muito menos em amizade. Porque é exigente. E até há quem a confunda com simpatia, camaradagem, companheirismo, namoro e até erotismo ou apoio económico ou outros interesses. A amizade não busca a utilidade – embora não poucas amizades se apresentem como um negócio - a amizade pensa mais em dar do que em receber, em dar ao outro o melhor de si mesmo. A amizade espera e dá todo o apoio gostosa, ainda que sacrificadamente. A verdadeira amizade é mutuamente enriquecedora. É a renúncia a dois egoísmos e a soma de duas generosidades. Como escreveu Martin Descalzo: “ser um bom amigo ou encontrar um bom amigo são as duas coisas mais difíceis do mundo” Ser amigo de verdade, é o que devemos tentar ser, ainda que muitos não sejamos capazes disso porque fundamentamos a amizade nos pseudovalores que acima referimos.
Santo Agostinho afirmava que a única coisa “que nos pode consolar nesta sociedade humana tão cheia de trabalhos e de erros é a fé não fingida e o amor que os verdadeiros amigos professam uns aos outros”. Uma verdadeira amizade é bela como uma obra de arte. É por isso, talvez, que ela é cada vez mais rara. Podemos, com efeito, ter muitos companheiros, muitos colegas, muitos camaradas, mas nunca muitos amigos. A amizade é também como uma planta delicada que, depois de nascer, precisa de especiais cuidados para ser cultivada, e minuciosas atenções para crescer e nunca se degradar. Fala-se hoje muito de amizade e vive-se muito menos em amizade. Porque é exigente. E até há quem a confunda com simpatia, camaradagem, companheirismo, namoro e até erotismo ou apoio económico ou outros interesses. A amizade não busca a utilidade – embora não poucas amizades se apresentem como um negócio - a amizade pensa mais em dar do que em receber, em dar ao outro o melhor de si mesmo. A amizade espera e dá todo o apoio gostosa, ainda que sacrificadamente. A verdadeira amizade é mutuamente enriquecedora. É a renúncia a dois egoísmos e a soma de duas generosidades. Como escreveu Martin Descalzo: “ser um bom amigo ou encontrar um bom amigo são as duas coisas mais difíceis do mundo” Ser amigo de verdade, é o que devemos tentar ser, ainda que muitos não sejamos capazes disso porque fundamentamos a amizade nos pseudovalores que acima referimos.
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