EVANGELIZAR POR CONTÁGIO por Armando Soares
EVANGELIZAR POR CONTÁGIO*
por Armando Soares
É encantadora a história da
carmelita indiana Christine Kapadia, narrada pela AIS. Tem 35 anos, olhar doce e sorriso franco.
Nasceu em Gujarat, na Índia, num estado com 60 milhões de habitantes, numa
família de tradições hindu.
Aos 15 anos frequentava uma
pastelaria no bairro perto de casa. A ânsia de Deus era muito grande e queria
saber o máximo sobre todas as religiões. Foi na pastelaria que um dia meteu
conversa com uma mulher um pouco mais velha. Ela era cristã. Católica. Houve um
fascínio que não consegue ainda explicar. Recorda-se que lhe pediu para a levar
a uma igreja. Foi o começo. Aconteceu aí um namoro que a levou a abraçar Deus
de tal forma que apenas dois anos mais tarde, sobressaltou a família com um
desejo: ser batizada. Sentiu-se sózinha. Chorou. Apesar de tudo, toleravam que
continuasse a frequentar a igreja catolica.
Aos 18 anos, voltou a dizer
que que desejava ser batizada. Os pais concordaram, Afinal, diziam, mesmo
mudando de fé, a filha iria continuar a viver com eles, a tratar deles, a
dar-lhes a luz do seu sorriso. E assim foi.
Em 2002, Christine batizou-se
e continuou a viver em casa a tratar dos seus pais cada vez mais idosos e mais
doentes. A mãe de Christine, antes de morrer com um cancro, 9 anos depois,
pediu também para ser batizada.
Desde então, mais nenhum
obstáculo se colocou a esta jovem jovem que abraçou a fé numa pastelaria no
contacto fortuito com uma mulher cristã que lhe falou de Deus de tal maneira
que a contagiou irremediávelmente. Até hoje.
Numa região da Índia com a maioria de religião
hindu (90%) e apenas 1% de católicos, ela descobriu o amor de Deus de forma
radical. Hoje é carmelita. Sua vida é testemunho de vários milagres: - a forma
como sempre procurou Deus para além das tradições da família e do país; - a
ternura e carinho com que tratou da mãe, conquistando-a com o seu sorriso; e
quando ingressou no carmelol, todos a quiseram acompanhar. Todos. O pai e
familiares, é e vai continuar a ser hindu, mas a simplicidade de Christine
fez-lhe compreender que Deus, ou o Amor, se pode escrever de muitas maneiras,
de muitas línguas.
Na pastelaria, no café, no
bar, no trabalho, nos encontros ainda que fortuitos, evangeliza pelo contágio
da tua fé.
Armando Soares
Diretor
(in VM)
Comentários
Enviar um comentário