MADEIRA Funchal: Diocese anuncia decisão sobre «caso» do padre Giselo Andrade
MADEIRA
Funchal: Diocese anuncia decisão sobre «caso» do padre Giselo
Andrade
Jan 28, 2018 - 22:12
D. António Carrilho nomeia novo administrador paroquial para o
Monte e sacerdote vai assumir outras funções
A Diocese do
Funchal anunciou hoje em comunicado que o padre Giselo Andrade foi dispensado
das suas funções como pároco do Monte, mas vai “continuar a exercer o
ministério pastoral” como sacerdote, noutras funções.
A nota da Secretaria Episcopal, divulgada através da
internet, recorda que o pároco em causa “assumiu publicamente a paternidade de
uma criança”.
“Após diálogos com o próprio sacerdote, ouvidas algumas
instâncias da Igreja e percecionando um sentido eclesial comum, por parte de
sacerdotes, consagrados e leigos, entendeu-se que constitui maior bem para o
padre Giselo Andrade e para a Igreja diocesana, dispensá-lo de pároco do Monte,
podendo através de algumas atividades que lhe estavam já confiadas, na área das
comunicações, e outras que eventualmente lhe sejam atribuídas”, explica o
documento.
A diocese madeirense precisa que o padre Giselo Andrade
manifestou o desejo de “continuar a exercer o ministério sacerdotal, nas
condições exigidas pela Igreja”.
“Desde logo se sentiu a necessidade de um discernimento
claro, em ordem a uma opção responsavelmente assumida e maturada na reflexão e
na oração, um discernimento feito com serenidade e livre de pressões,
acompanhado pelo bispo da diocese”, acrescenta o texto.
D. António Carrilho, bispo do Funchal, nomeou como
administrador paroquial do Monte, o cónego Vítor dos Reis Franco Gomes, pároco
da Sé.
A nota realça que, apesar de o padre Giselo Andrade ter
mostrado intenção de “assumir todas as responsabilidades inerentes à situação
criada”, esta tem “aspetos negativos”.
“Na verdade, os sacerdotes católicos aceitam e
comprometem-se, em plena liberdade, a viver o dom do celibato no seu ministério
de serviço”, precisa o texto.
A Diocese do Funchal considera que toda esta situação gerou
“uma oportunidade de debate e reflexão”, mas também “um motivo para questionar
e contestar a atual disciplina da Igreja”, sobre o celibato, lamentando-se a
ausência de uma maior consciência do “sentido espiritual da mesma”.
A nota é assinada pelo
padre Carlos Almada, secretário episcopal. OC | ECCLESIA
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