BENTO XVI - em defesa da caridade por ARMANDO SOARES


No dia 2 de fevereiro – Dia do Consagrado – o Papa desafiou os religiosos a guardarem momentos de “silêncio na adoração” a Deus e assim “renovar a vontade e a alegria de partilhar a vida, as escolhas, a obediência de fé, a alegria dos pobres, a radicalidade do amor”.
«Não vos unais aos profetas da desgraça que proclamam o fim ou o não sentido da vida consagrada na Igreja dos nossos dias», acrescentou. Os membros das congregações e institutos missionários fazem a profissão pública de votos de castidade, pobreza e obediência, vivem, em comunidade.

Bento XVI na sua mensagem para a Quaresma 2013, afirma que “a caridade” é uma das marcas mais importantes da fé católica e deve ser vista como mais do que “ajuda humanitária” ou “activismo moralista”.
«Por vezes tende-se a circunscrever a palavra ‘caridade’ à solidariedade ou à mera ajuda humanitária”, escreve o Papa, num texto em que apela à “evangelização”, como a forma de “promoção Mais alta e integral da pessoa humana».
O documento, sobre o tema ‘Crer na caridade suscita caridade’, foi apresentado em conferência de imprensa.
«Se, por um lado, é redutora a posição de quem acentua de tal maneira o carácter prioritário e decisivo da fé que acaba por subestimar ou quase desprezar as obras concretas da caridade», assinala Bento XVI.
Na reflexão sobre a importância da fé e da acção em favor do outro, o Papa sublinha que os católicos têm de “saber amar a Deus e ao próximo”.
“A fé precede a caridade, mas só se revela genuína se for coroada por ela”, acrescenta.
A Quaresma, começada este ano a 13 de fevereiro, com a celebração das Cinzas, é um período de preparação para a Páscoa, a maior festa do calendário litúrgico cristão, com a duração de 40 dias.
Segundo o Papa, este tempo convida “a alimentar a fé com uma escuta mais atenta e prolongada da Palavra de Deus e a participação nos Sacramentos e, ao mesmo tempo, a crescer na caridade, no amor a Deus e ao próximo, nomeadamente através do jejum, da penitência e da esmola”.
“Neste tempo de Quaresma, em que nos preparamos para celebrar o evento da Cruz e da Ressurreição, no qual o Amor de Deus redimiu o mundo e iluminou a história, desejo a todos vós que vivais este tempo precioso reavivando a fé em Jesus Cristo, para entrar no seu próprio circuito de amor ao Pai e a cada irmão e irmã que encontramos na nossa vida”, conclui. (OR/NB)

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