SIRIA KOBANE Curdos e jihadistas travam intensos combates na cidade
SIRIA
KOBANE
Curdos e jihadistas travam intensos combates na cidade
GLOBO / COM AGÊNCIASINTERNACIONAIS
19/10/2014 11:03 / ACTUALIZADO 19/10/2014
11:07
Fumaça sobe depois de explosão na cidade síria de Kobane, provocado por ataque da coalizão - ARIS MESSINIS / AFP |
Forças curdas e jihadistas do Estado Islâmico (EI) travaram
intensos confrontos neste domingo na cidade síria curda de Kobani, perto da
fronteira com a Turquia, um dia depois de militantes dos extremistas lançarem
ataques com morteiros e carros-bomba, informaram fontes na localidade e um
grupo de monitoramento do conflito. Segundo o Observatório Sírio para os
Direitos Humanos (OSDH), os dois lados disputavam rua por rua na cidade
considerada estratégica e alvo de combates há mais de um mês.
No sábado, o Estado Islâmico, que controla vastas regiões na
Síria e Iraque, disparou 44 morteiros em Kobani, alguns dos quais caíram sobre
a vizinha Turquia, informou o OSDH. Mais quatro morteiros foram lançados pelos
rebeldes nos confrontos deste domingo.
A ofensiva do EI segue apesar de bombardeios dos aliados
internacionais contra posições do grupo. Para apoiar as tropas curdas em solo,
a coalizão liderada pelos Estados Unidos realizou três ataques aéreos na noite
de sábado para domingo, deixando 15 mortos entre os jihadistas, segundo o OSDH.
Mesmo assim, o EI ainda possui metade da cidade curda, considerada estratégica.
Kobane, perto da fronteira turca, é a única rota de
abastecimento para combatentes curdos e a única saída para os civis. Além
disso, a tomada da cidade iria consolidar a influência dos extremistas no Norte
da Síria.
A batalha pelo controle de Kobani já dura mais de um mês e
teve altos e baixos para ambos os lados. Desde 16 de setembro, a ofensiva
jihadista no local causou cerca de 700 mortes e mais de 300 mil deslocados, a
maioria para a Turquia, de acordo com informações do observatório.
Diante da intensificação da campanha curda, neste sábado os
extremistas enviaram reforços de homens, munições e equipamentos para Kobani, a
partir das províncias de Aleppo e Raqqa, reduto dos jihadistas.
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