SÍNODO D. Manuel Clemente analisa primeira semana de trabalhos
SÍNODO
D.
Manuel Clemente analisa primeira semana de trabalhos
Pastoral da Igreja tem de «apoiar sempre» a família e afastar
o risco de se dedicar a fazer «autópsias de matrimónios defuntos»
Outubro 2014, às 18:17(Ecclesia)
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“Tudo
se há de fazer «para que a Igreja não passe de ‘hospital de campanha’ a
‘morgue’ em que se multiplicam as autópsias de matrimónios defuntos»”, escreveu
o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) recordando uma
intervenção no Sínodo dos Bispos, publicada no jornal L’Osservatore Romano do
dia 8 de outubro de 2014.
Para
D. Manuel Clemente, a “rarefação dos vínculos tradicionais e individualização
das decisões e das existências, desinstitucionalização e efemeridade dos
compromissos, desvalorização do que não seja imediato e logo compensatório”,
são exemplos no resumo pessoal, sobre notas generalizadas que “sem grandes
diferenças” são divulgas à escala mundial.
“Apoiar
sempre a família, na respetiva formação e na complementaridade e
intergeracionalidade dos seus membros, evidencia-se como a base de toda a
pastoral a empreender", afirmou o presidente da CEP num “resumo rápido e
pessoal do que vai acontecendo” no Sínodo dos Bispos publicado no sítio da
internet do Patriarcado de Lisboa.
Sobre
os “fracassos conjugais” que trazem “problemas” aos casais e aos respetivos
familiares, o bispo português explica que o sínodo “não ilude a questão” nem as
consequências sacramentais no caso de divorciados recasados e destaca a
necessidade de se estar “de facto em conversão permanente”.
D.
Manuel Clemente recorda no texto enviado a partir de Roma o pensamento da
Igreja sobre os divorciados recasados desde o Código de Direito
Canónico de 1917 ao Código de Direito Canónico de 1984, e as exortações
apostólicas Familiaris Consortio e Sacramentum Caritatis,
respetivamente do Papa João Paulo II, em 1981, do Papa emérito Bento XVI, em
2007.
Para
o presidente da CEP, do que tem sido “dito e ouvido” sobressai “a consciência
do contraste” entre o que a sociocultura global difunde e sugere “sobre a conjugalidade
e a família” e o que a visão crente e cristã entende.
D.
Manuel Clemente, que representa a Conferência Episcopal Portuguesa no Sínodo
dos Bispos, considera que no decorrer dos trabalhos da
primeira semana da terceira assembleia extraordinária, dedicada às questões da
família, tem sido “muito importante” a presença “cordial” do Papa Francisco e o
pedido que fez na abertura do Sínodo, a 6 de outubro, para todos falarem com
franqueza e ouvirem com humildade.
CB/PR
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