SIRIA Coalizão internacional intensifica ataques contra EI em Kobane
SIRIA
Coalizão internacional intensifica ataques
contra EI em Kobane
A coalizão
internacional contra os extremistas do "Estado Islâmico" (EI),
liderada pelos Estados Unidos, declarou nesta terça-feira (14/10) ter realizado
o mais intenso bombardeio até o momento contra posições jihadistas em Kobane.
Há quatro semanas a cidade síria de maioria curda, na fronteira com a Turquia,
tem sido alvo de uma ofensiva da milícia radical sunita.
Jatos americanos e
sauditas realizaram 21 ataques aéreos contra posições do EI ao redor de Kobane
entre segunda e terça, segundo o Comando Central americano. Os ataques teriam
sido planejados para barrar "reforços e reabastecimentos", e impedir
que o grupo tome áreas de Kobane que ainda estão nas mãos dos curdos.
O presidente dos EUA,
Barack Obama, afirmou que a coalizão vai continuar os ataques na área e na
província de Al-Anbar, no oeste do Iraque. Numa reunião com líderes militares
de 21 países-membros da coalizão em Washington, o chefe de Estado acrescentou
que o grupo está preparado para uma longa luta contra o EI.
"Esta será uma
campanha de longo prazo. Ainda estamos nos estágios iniciais. Assim como em
qualquer ação militar, haverá dias de progresso e períodos de revés, mas nossa
coalizão está unida por trás desse esforço de longo prazo."
O encontro em
Washington foi a primeira vez em que representantes de tantos Estados da
coalizão internacional liderada pelos EUA se reuniram, desde que foi formada,
em setembro. No papel, ela inclui agora 60 nações.
EI
se alastra no Iraque
Um grupo de direitos
humanos sírio relatou que os ataques recentes ao menos impediram que Kobane
ficasse totalmente nas mãos dos jihadistas. Contudo Obama admitiu estar
preocupado com o destino da cidade fronteiriça.
"Também estamos
focados nos combates que estão ocorrendo na província iraquiana de Al-Anbar e
extremamente preocupados com a situação em e ao redor da cidade síria de
Kobane", reiterou o presidente americano.
Militantes do EI
detêm agora quase o controle total sobre Al-Anbar – a maior província do
Iraque, de maioria sunita –, e estão se aproximando da periferia oeste da
capital Bagdá. O governo iraquiano é liderado por xiitas.
A Turquia reforçou a
segurança na fronteira com a Síria depois que os conflitos em Kobane
desencadearam o êxodo de 200 mil refugiados. Entretanto, o país segue como um
aliado cauteloso. As tropas turcas ainda não intervieram em Kobane, e Ancara
ainda negocia com os EUA sobre a concessão de acesso às bases aéreas do país.
LPF/dpa/afp
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