PORTUGAL VIDA RELIGIOSA Conheça a freira que foi economista do Banco de Portugal

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VIDA RELIGIOSA Conheça a freira que foi economista do Banco de Portugal















Lúcia Maria é hoje carmelita descalça D.R.


26/05/2014 | 17:39 |  Dinheiro Vivo
Lúcia Maria é licenciada em economia pelo ISEG e trabalhou durante 13 anos no Departamento das Reservas Externas do Banco de Portugal, onde coordenava o grupo que fazia a avaliação da performance da gestão de reservas sobre o exterior. Estava num banco que "pagava bem, com perspetivas boas de carreira e tinha um trabalho aliciante", mas não se sentia feliz e decidiu arriscar um caminho diferente.

Em 2004, chegou ao Carmelo de Nossa Senhora Rainha do Mundo, da ordem dos Carmelitos Descalços, no Patacão (concelho de Faro). Menos de um ano depois, foi revestida do hábito de Nossa Senhora do Carmo e, hoje, faz parte de uma comunidade de 16 carmelitas descalças. Em entrevista à Folha do Domingo, Lúcia Maria explica como decidiu mudar de uma carreira no Banco de Portugal para uma vida de clausura no Algarve
Nove anos depois de ter chegado à ordem Carmelita,
Lúcia Maria, licenciada em economia e que nunca
tinha pegado numa agulha, faz os hábitos
"A missão principal [do Banco de Portugal] é o bem estar da situação monetária e financeira do país. Dava-me gosto quando lá estava e agora, como religiosa, dá-me gosto também ter essa consciência de que trabalhava para o bem. Contribuíamos para o bem-estar. Pelo menos tentávamos trabalhar com toda a responsabilidade e empenho para o bem-estar público, o bem-estar comum", lembra a carmelita, na entrevista à publicação propriedade da Diocese do Algarve.

Entrou para o Banco de Portugal através de um estágio, ao mesmo tempo que vários colegas do então Instituto Superior de Economia, e ficou efectiva no final do estágio. Gostava de aprender e de estudar, fazia "aquilo que era próprio dos jovens", apaixonou-se três vezes e queria casar e ter muitos filhos. 

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