SINODO FAMÍLIA percursos penitenciais para divorciados recasados
SINODO
FAMÍLIA
percursos penitenciais para divorciados
recasados
2014-10-10 Rádio Vaticana |
Nova fase na assembleia geral extraordinária do Sínodo
dos Bispos que já teve mais de 250 intervenções. Trata-se dos encontros em
“círculos menores”. Entretanto, o padre Federico Lombardi, Director da Sala de
Imprensa da Santa Sé, informou os jornalistas sobre um dos temas mais quentes
deste Sínodo que é o tema dos divorciados recasados. O padre Lombardi falou, especificamente,
de um modelo apresentado por um padre sinodal de novos percursos de
acolhimento: “Um dos
Padres deu um pouco um modelo de como está tentando exercitar com os casais
interessados, com as pessoas interessadas neste caminho, colocando perguntas de
reflexão sobre as consequências sobre como aquilo que aconteceu possa ter tido
sobre os filhos, ou se foram reparados os erros ou as atitudes injustas havidos
com o outro cônjuge (…) Alguém mesmo falou de formas, de actos eclesiais com os
quais tentaram depois dar uma expressão concreta a este caminho penitencial.
Por exemplo, celebrações, digamos que, jubilares (…) celebradas
comunitariamente.”
Intimamente ligado a este argumento está o aspecto
sacramental ligado à possibilidade de aproximação à Eucaristia. Sobre este
ponto o padre Lombardi recordou uma observação muito importante:
“É aquela que
aconteceu com aquilo que tinha feito S. Pio X no seu tempo admitindo as
crianças à Eucaristia: tinha sido considerado extremamente revolucionário, extremamente
inovador no seu tempo. Portanto, existem também exemplos de coragem da parte de
um Papa – mesmo sendo uma situação muito diferente daquela em que estamos – no
reflectir ou no introduzir novidades no que diz respeito às condições de acesso
à Eucaristia.”
A assembleia assinalou também a necessidade de “proteger
os filhos” dos pais que se divorciaram procurando evitar ou ajudar em
determinadas “repercussões psicológicas” dessa mesma separação. Um dos padres
sinodais, o cardeal Christoph Schönborn, arcebispo de Viena, curiosamente, filho
de divorciados, falou do “estigma” que ele e os seus pais sentiram pelo facto
de serem divorciados.
A manhã de sexta-feira foi reservada aos chamados
‘ouvintes’, que abordaram a “tutela dos direitos da família e a defesa da
vida”, bem como a urgência de “ouvir mais os leigos na busca de soluções para
os problemas das famílias”.A segunda parte da manhã, depois das intervenções
dos ouvintes, foi caracterizada pela primeira reunião dos chamados “círculos
menores”: 10 grupos – três em língua inglesa e italiana, dois em francês e
espanhol – que iniciarão os seus trabalhos na próxima semana depois da ‘Relatio
post disceptationem’ que é o relatório que sintetiza os trabalhos da semana.
(RS)
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