CDS-PP Nuno Magalhães sensível a drama da Grécia e da Turquia

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Nuno Magalhães sensível a drama da Grécia e da Turquia
O líder parlamentar do CDS-PP mostrou-se hoje sensível ao drama humano na Grécia e Turquia, mas responsabilizou o governo socialista da 'geringonça' pela aprovação de outras normas do Orçamento do Estado2016 (OE2016)
© Global Imagens  13.03.2016 CDS/CONGRESSO POR LUSA

"Não lhe vou revelar o voto. Do ponto de vista do CDS, no que tem a ver com a Turquia e ajuda aos refugiados, trata-se de uma situação humanitária dramática, que tem a ver com a Europa e seus valores fundamentais. Se a Europa não conseguir resolver não faz sentido que haja Europa, portanto, da nossa parte, iremos contribuir para que tudo seja resolvido", afirmou Nuno Magalhães, no final do 26.º Congresso centrista, em Gondomar.

Além daquelas propostas relativas a compromissos internacionais do Estado e inscritas no OE2016 do governo socialista para auxílio àqueles Estados no âmbito da crise de refugiados do Médio Oriente, o deputado democrata-cristão referiu que, "quanto ao mais, qualquer outra norma do OE2016 é da responsabilidade de quem apoia a coligação que suporta o Governo aprová-la, nomeadamente BE, PCP, PEV e PS" e que o CDS decidirá "livremente como votar".
A nova líder do CDS-PP, Assunção Cristas, desafiou o PS para uma reforma do sistema de pensões e à revisão da regulação e supervisão do setor financeiro, incluindo a designação do governador do BdP, que obriga a uma revisão constitucional.
"Nós, ainda no Governo com o PSD, fizemos um convite muito claro ao bom senso por parte do PS, que nunca aceitou sentar-se, conversar, sequer perceber se discordamos muito, pouco ou nada. Fizemos um apelo, juntamente com o PSD, já de António Costa, mas também de António José Seguro, porque era uma questão transversal, intergeracional, preocupante para todos os portugueses - pensionistas atuais e de amanhã. Na altura, quer o PS de Seguro, quer o de Costa, optou por fazer a política de cadeira vazia", lamentou Magalhães.
Em relação aos problemas de regulação e supervisão do setor bancário e financeiro, que já merecera críticas por parte do agora ex-presidente democrata-cristão e ex-vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, o líder da bancada centrista recordou outros factos históricos.

"O CDS foi o primeiro partido que propôs que seja o Presidente da República a nomear o Governador do BdP numa revisão constitucional de 2009. Foi o PS que se juntou ao CDS, posteriormente, com uma proposta ligeiramente diferente e até com problemas institucionais. Nós estamos onde sempre estivemos. Porque a relação não tem funcionado, tem de ser forte e independente, deve ser uma figura com o Presidente da República a nomeá-lo [governador]. Não achamos há dois ou três anos, achamos isso desde 2009", concluiu.  NM

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