PORTUGAL "Atitude de PCP, Bloco e PEV foi o ponto negro da tomada de posse"

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"Atitude de PCP, Bloco e PEV foi o ponto negro da tomada de posse"
Num momento de chegadas e despedidas, Ferreira Leite deu a sua opinião sobre Rebelo de Sousa e Cavaco Silva
© Global Imagens   11.03.2016
FERREIRA LEITEPOR INÊS ANDRÉ DE FIGUEIREDO

Manuela Ferreira Leite analisou a tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa e a despedida de Cavaco Silva do cargo de Presidente da República, mostrando que ainda é cedo para fazer uma análise ao mandato que agora termina.

A chegada de Marcelo a Belém
No programa ‘Política Mesmo’, da TVI24, e em relação ao chefe de Estado recém-empossado, a comentadora referiu que este “vai ser igual a si próprio”, salvaguardando que a sua atitude é um ponto positivo para o cargo que vai ocupar e para o país.
Marcelo Rebelo de Sousa chegar a pé à Assembleia da República ou estar junto às crianças enquanto assistia a um concerto, no final do dia da tomada de posse, são alguns dos exemplos apontados pela social-democrata como genuínos. “Direi que é um tipo de atitude que não é surpreendente nele, porque antes de ser Presidente fazia coisas deste estilo. Acho que não faz isto para agradar às pessoas, faz isto porque se sente bem”, justifica.
Com um olhar crítico em relação à posição de PCP, Bloco e PEV por não se levantarem e aplaudirem Marcelo Rebelo de Sousa, Ferreira Leite refere-se ao momento como “o ponto negro” da tomada de posse.
“A posição do PCP, Bloco e 'Verdes' foi uma posição que, em primeiro lugar, representa uma falta de sentido institucional que não é próprio de uma democracia madura. Não se levantarem e não aplaudirem é algo que lhes fica tão mal e os põe tanto à parte de tudo o que é a sociedade portuguesa”, acusou a social-democrata, revelando que esta atitude “também significa que estes partidos estão entrincheirados na ideia que o seu papel é um papel de oposição”.

O 'adeus' a Cavaco Silva
Por outro lado, e olhando para a despedida de quem abandona o Palácio de Belém, Ferreira Leite crê que é “muito cedo para uma avaliação” dos mandatos, mas recusa-se a comentar a falta de popularidade sobre a qual foi questionada.
“É muito difícil e injusto fazer-se o julgamento do Presidente da República no dia a seguir a ele ter terminado o seu mandato. Daqui a um ano ou daqui a dois anos, provavelmente a imagem do Presidente Cavaco Silva será diferente”, afirma.
A antiga líder do PSD realça que os mandatos de Cavaco Silva “estão marcados por uma crise tremenda no país”.

“Não sabemos o que teria acontecido se ele não tivesse as intervenções que teve, com certeza, não na praça pública, não em discursos, mas completamente discretas”, afirmou a comentadora, referindo que não é possível saber “como teria sido a crise” sem a intervenção de Cavaco. NM

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