ESTADO ISLÂMICO EI divulga vídeo com morte brutal de 16 supostos espiões
ESTADO ISLÂMICO
EI divulga vídeo com morte brutal de 16 supostos espiões
Imagens supostamente gravadas no Iraque mostram chacina de "traidores", que são queimados, afogados e decapitados. Apoiados por ataques dos aliados, curdos tomam cidade iraquiana a 50 quilômetros do "califado"
.
O grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI)
divulgou nesta terça-feira (23/06) um vídeo em que mostra a morte brutal de 16
supostos espiões por militantes extremistas. As imagens de violência teriam
sido gravadas na província de Ninawa, no norte do Iraque. Algumas vítimas
confessam a "traição" ao grupo radical islâmico diante da câmera.
Inicialmente, o vídeo mostra quatro homens trancados num
carro. Um jihadista então atira um foguete no veículo, que pega fogo com os
reféns dentro. Na cena seguinte, cinco homens são presos numa gaiola de metal,
que logo depois é erguida por uma grua para então ser jogada numa piscina cheia
de água suja. Duas câmeras filmam o afogamento das vítimas.
A terceira chacina gravada pelos terroristas mostra a
morte de sete "traidores" decapitados com explosivos amarrados ao
pescoço.
O EI costuma usar como tática de terror a divulgação de
imagens do assassinato brutal de reféns na Síria e no Iraque. Em fevereiro
passado, um vídeo publicado por militantes da organização mostrou o piloto
jordaniano Muath al-Kasasbeh sendo queimado vivo numa gaiola. A libertação dele
vinha sendo negociada com o governo da Jordânia em troca de uma terrorista
iraquiana presa na Jordânia. O EI, porém, nunca enviou uma prova de que
Kasasbeh estaria vivo.
Diversos vídeos divulgados anteriormente registraram a
decapitação de reféns estrangeiros por militantes do EI.
Aumenta pressão
sobre os jihadistas
Também nesta terça-feira, combatentes curdos apoiados por
ataques aéreos comandados por tropas aliadas tomaram a estratégica cidade síria
de Ain Issa, a apenas 50 quilômetros de Raqqa – capital do autoproclamado
"califado" do "Estado Islâmico". A informação foi
confirmada pelo Observatório Sírio dos Diretos Humanos, ONG baseada no Reino Unido.
Ain Issa é a maior área residencial ao norte de Raqqa, segundo o observatório.
A captura da cidade coloca ainda mais pressão sobre os
jihadistas na região. Na semana passada, combatentes curdos das Unidades de
Proteção Popular (YPG) tomaram Tel Abyad, a 35 quilômetros ao norte de Raqqa,
interrompendo uma importante rota de abastecimento na fronteira com a Turquia.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos havia informado na noite desta
segunda-feira que combatentes do YPG haviam capturado uma base militar nas
proximidades de Ain Issa.
Ainda de acordo com o observatório, pelo menos 14
crianças sírias recrutadas pelo EI foram mortas nas últimas 72 horas em
combates, bombardeiros ou missões suicidas no Iraque.
MSB/afp/ap/dpa
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