YÉMEN Atentado terrorista vitima quatro missionárias
YÉMEN
Atentado terrorista vitima quatro missionárias
8-3-2016
As autoridades religiosas
continuam sem qualquer informação sobre o paradeiro do sacerdote Tom
Uzhunnalil, sequestrado pelo comando terrorista que atacou o convento das
Missionárias da Caridade em Aden, a capital do Iémen, na passada sexta-feira, e
que causou a morte a dezasseis pessoas, entre as quais quatro religiosas.
A madre superiora, a única
sobrevivente do massacre, está “fora do país”, em segurança, segundo informa
Paul Hinder, vigário-apostólico dos Emiratos Árabes Unidos, Omã e Iémen.
Este ataque terrorista, que
mereceu desde logo o mais veemente repúdio do Papa Francisco, aponta para a
possível autoria por parte de um comando ligado ao auto-proclamado “Estado
Islâmico”.
Em relação ao sacerdote
salesiano indiano sequestrado pelos terroristas, não existe qualquer informação
sobre o seu paradeiro, ou, sequer, “se está vivo”, como explicou também Paul
Hinder.
Este não foi o primeiro ataque
a vitimar as Missionárias da Caridade neste país. Em Julho de 1998, três outras
freiras foram mortas noutro atentado, dessa vez na cidade de Hodeida.
O Iémen é palco, desde Janeiro
do ano passado, de um cenário de guerra civil profundamente sangrento, que opõe
as comunidades sunitas e xiitas e que já extravasou as próprias fronteiras do
país.
A liderança do país, sunita, é
apoiada pela Arábia Saudita, enquanto os chamados “rebeldes” são suportados
pelo Irão. Neste cenário de caos, são cada vez mais os grupos terroristas
activos no país, muitos deles afectos à al-Qaeda e ao “Estado Islâmico”.
Segundo dados revelados pelas
Nações Unidas, a guerra civil no Iémen já causou a morte de duas mil crianças.
O Papa Francisco condenou, no
passado fim-de-semana (de 06.03), o atentado terrorista no Iémen que vitimou
quatro religiosas das Missionárias da Caridade, além de 12 colaboradores desta
comunidade, afirmando ter-se tratado de um “acto de violência sem sentido e
diabólico”.
O atentado, ocorrido na
sexta-feira, na cidade de Aden, terá sido realizado por um grupo de terroristas
que entraram uniformizados de militares no convento e asilo, fundado por Madre
Teresa de Calcutá, disparando indiscriminadamente sobre as irmãs e as pessoas
que se encontravam no seu interior. Uma das irmãs conseguiu escapar com vida
escondendo-se na altura do ataque. AIS in VM abril 2016 p. 4
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