YÉMEN Desconhece-se paradeiro de sacerdote sequestrado em ataque terrorista
YÉMEN Desconhece-se paradeiro de sacerdote sequestrado em ataque terrorista
As autoridades religiosas
continuam sem qualquer informação sobre o paradeiro do sacerdote Tom
Uzhunnalil, sequestrado pelo comando terrorista que atacou o convento e asilo
das Missionárias da Caridade em Aden, a capital do Iémen, na passada
sexta-feira, e que causou a morte a dezasseis pessoas, entre as quais quatro
religiosas.
A madre superiora, a única sobrevivente do massacre, está “fora do país”, em
segurança, segundo informa Paul Hinder, vigário-apostólico dos Emiratos Árabes
Unidos, Omã e Iémen.
Este ataque terrorista, que mereceu desde logo o mais veemente repúdio do Papa Francisco, ainda não foi reivindicado, mas fontes oficiais do país apontam para a possível autoria por parte de um comando ligado ao auto-proclamado “Estado Islâmico”, tanto mais que a al-Qaeda, outro grupo jihadista muito activo na região, já declinou qualquer responsabilidade no sucedido.
Este ataque terrorista, que mereceu desde logo o mais veemente repúdio do Papa Francisco, ainda não foi reivindicado, mas fontes oficiais do país apontam para a possível autoria por parte de um comando ligado ao auto-proclamado “Estado Islâmico”, tanto mais que a al-Qaeda, outro grupo jihadista muito activo na região, já declinou qualquer responsabilidade no sucedido.
Em relação ao sacerdote salesiano indiano sequestrado pelos terroristas, não existe qualquer informação sobre o seu paradeiro, ou, sequer, “se está vivo”, como explicou também Paul Hinder.
Este não foi o primeiro ataque a vitimar as Missionárias da Caridade neste
país. Em Julho de 1998, três outras freiras foram mortas noutro atentado, dessa
vez na cidade de Hodeida.
O Iémen é palco, desde Janeiro do ano passado, de um cenário de guerra civil profundamente sangrento, que opõe as comunidades sunitas e xiitas e que já extravasou as próprias fronteiras do país.
O Iémen é palco, desde Janeiro do ano passado, de um cenário de guerra civil profundamente sangrento, que opõe as comunidades sunitas e xiitas e que já extravasou as próprias fronteiras do país.
A liderança do país, sunita, é apoiada pela Arábia Saudita, enquanto os chamados “rebeldes” são suportados pelo Irão. Neste cenário de caos, são cada vez mais os grupos terroristas activos no país, muitos deles afectos à al-Qaeda e ao auto-proclamado “Estado Islâmico”.
Entretanto, segundo dados revelados pelas Nações Unidas, a guerra civil no
Iémen já causou a morte a pelo menos duas mil crianças, sinal de que a situação
de insegurança no país se tem vindo a deteriorar de semana para semana.
Um dos objectivos principais dos responsáveis da ONU é procurar dar resposta à
crescente falta de alimentos que afecta cada vez mais pessoas. Só para o
corrente ano, o Programa Mundial dependente das Nações Unidas prevê ajudar mais
de 13 milhões de iemenitas, se as condições de segurança o permitirem. PA | Departamento de Informação da Fundação AIS |
info@fundacao-ais.pt
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