SÍRIA Cristãos sírios: Encontro em Cuba é percebido como fruto da cruz que carregamos
SÍRIA
Cristãos sírios: Encontro em Cuba é percebido como fruto da cruz que
carregamos
Igreja armênia de São Jorge destruída em 30 de outubro de 2012
- AFP 12/02/2016 15:21
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Aleppo (RV) – “Os cristãos da Síria se deram conta que seu
sofrimento não acontece por nada. De fato, o encontro entre o Papa Francisco e
o Patriarca Kirill é percebido como fruto da cruz que estão carregando. O
sofrimento de todos os cristãos no Oriente Médio traz consigo o fruto da
unidade, e poderá trazer também outros. Isto, para nós, é uma grande consolação
e nos ajuda a seguir em frente, mesmo que devamos sofrer ainda”. Assim o
Vigário Apostólico de Aleppo para os católicos de rito latino, Dom Georges Abou
Khazen, descreve os sentimentos que registrados nestes dias entre os cristãos
de sua cidade, enquanto as notícias sobre o encontro em Cuba entre o Bispo de
Roma e o Primaz da Igreja Ortodoxa russa se misturam àquelas sobre um iminente
cessar-fogo no palco da guerra síria.
“Há
alguns dias – acrescenta o bispo – outro representante do Patriarcado de Moscou
foi taxativo ao afirmar que foi a necessidade da comum solicitude pelo
sofrimento dos irmãos cristãos do Oriente Médio que tornou urgente o encontro
em Cuba. Falamos disto também na homilia e em nossos encontros. Os fieis
reencontram a coragem, quando se dão conta que seus sofrimentos tem uma ligação
misteriosa com a unidade entre os irmãos separados, onde Cristo nos abraça e
nos consola a todos”.
O
Vigário Apostólico de Aleppo informa também sobre as expectativas suscitadas na
população pelo anúncio de um possível, iminente cessar-fogo, imposto pelas
partes envolvidas no conflito sírio: “Para nós – declarou à Agência Fides –
seria um sonho. Permanece a incógnita dos grupos jihadistas. Sabemos que para
boa parte deles são estrangeiros. Quem os comanda? A quem respondem? Irão
aderir à trégua?”.
Por fim, a propósito da situação em Aleppo,
comenta que o exército regular “avança com a ajuda dos russos, e nos bairros
liberados recomeça a funcionar a água e a luz, as escolas são reabertas. Em
muitas situações, é oferecida a possibilidade de reconciliação aos sírios
que estabeleceram ligações com grupos rebeldes. São as milícias combatentes
controladas por estrangeiros, no entanto, que oferecem ainda resistências
e impõe a guerra. E entre a população prevalece o apreço pelo papel
desempenhado pelos russos”. (JE/Ansa)
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