ESTADO ISLÂMICO (DAESH) Revelada lista com informações sobre 22 mil jihadistas do Estado Islâmico

ESTADO ISLÂMICO (DAESH)
Revelada lista com informações sobre 22 mil jihadistas do Estado Islâmico
PÚBLICO     10/03/2016 Revelada lista com informações 
sobre 22 mil jihadistas  do Estado Islâmico


Centenas de documentos que identificam cerca de 22 mil recrutas do auto-proclamado Estado Islâmico (EI) em 51 países foram entregues num cartão de memória à televisão britânica Sky News por um antigo membro da organização, que a abandonou por estar desiludido com o grupo jihadista.
A Polícia Judiciária está a “analisar a situação da lista”, adiantou à Lusa uma fonte da polícia portuguesa, referindo que o trabalho está a cargo da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo (UNCT).
A entrega dos documentos ao jornalista da Sky News foi feita por um homem que se autointitula Abu Hamed e que fez parte do Exército Livre da Síria, o primeiro grupo a pegar em armas contra o regime do Presidente sírio Bashar al-Assad, antes de se ter juntado aos jihadistas. “Ele afirmou que as regras islâmicas em que acredita colapsaram totalmente dentro da organização, levando-o a sair”, explicou Stuart Ramsay, jornalista da Sky News.
Os documentos parecem formulários de inscrição no EI, com 23 questões relativamente ao nome, data e local de nascimento, residência, número de telefone ou anteriores actividades jihadistas dos aspirantes a membros do grupo. A maior parte dos nomes revelados já estavam referenciados, mas as novas informações podem ajudar a identificar extremistas ainda não conhecidos das autoridades dos respectivos países.
A maioria dos jihadistas vem do Médio Oriente e do Norte de África, mas os documentos revelam também a identidade de vários cidadãos de países europeus como Alemanha, França ou Reino Unido. 
Richard Barrett, antigo director do MI6, os serviços de informação externa do Reino Unido, disse à Sky News que os documentos “são uma autêntica mina de ouro de informação de grande importância e interesse”.
O ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziére, confirmou ao jornal britânico The Guardian que os documentos são verdadeiros, e a polícia federal alemã, BKA, também já confirmou a sua autenticidade.
A existência de documentos semelhantes já tinha sido revelada pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung e pelas estações de rádio WDR e NDR na segunda-feira. Por seu turno, o Zaman al-Wasl, um jornal online ligado à oposição síria, publicou exemplos do questionário na terça-feira, revelando informações sobre 1736 combatentes de 40 países, nomeadamente sauditas, tunisinos, marroquinos e egípcios.

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