FAO FAO: ajuda de emergência precoce pode evitar crises humanitárias


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FAO: ajuda de emergência precoce pode evitar crises humanitárias 


 Foto: UNICEF/Sebastian Rich  Pastor na Somália, que perdeu
quase metade da sua criação de ovelhas. 27 julho 2018
Ajuda humanitária

Afirmação consta de novo relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO; cada US$ 1 investido no Quênia, Somália e Etiópia no início da seca trouxe benefícios nove vezes maiores para famílias beneficiadas.
Intervir de imediato nos países onde se prevê um desastre natural pode impedir que essas crises se tornem emergências humanitárias, afirma um novo relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.
No início de 2017, quando o Quênia, Somália e Etiópia se preparavam para uma seca severa, cada US$ 1 gasto pela FAO em ajuda às populações acabou rendendo benefícios de US$ 9.
Investimento
O relatório explica que esse investimento inicial permitiu que menos animais morressem de fome e doenças. Em alguns casos, as vacas produziram três vezes mais leite.
A agência da ONU diz que isso permitiu “evitar uma perigosa espiral de pobreza e uma dependência de ajuda de emergência que seria muito mais cara”.
Em nota, o diretor da divisão de Emergência e Reabilitação da FAO, Dominique Burgeron, afirma que “investir em intervenções precoces não é apenas humano e inteligente, mas também rentável”.










A seca na África Ocidental é uma das grandes consequências da mudança climática. , by Foto ONU/Ilyas Ahmed
Burgeron acredita que “existem cada vez mais evidências de que, quanto mais cedo for a resposta, maior será a capacidade das comunidades para lidar com a crise”.
A FAO explica que isso é importante porque o clima está cada vez mais imprevisível no extremo leste de África. Globalmente, existem cinco vezes mais desastres naturais do que há 40 anos. A agência diz que “uma seca segue-se a outra, roubando  comunidades pobres de bens limitados e deixando-as cada vez mais vulneráveis”.
Exemplo
No início de 2017, a FAO mobilizou-se rapidamente para ajudar milhares de pastores em risco na Quênia, Somália e Etiópia quando a chuva começou a falhar.
A agência distribuiu rações de emergência para animais, disponibilizou serviços veterinários, reabilitou centros de abastecimento de água e deu ações de formação a funcionários do governo sobre gestão de mercados de gado.
Como resultado, no Quênia, as famílias que receberam assistência conseguiram salvar mais dois animais do que as famílias que não tiveram ajuda. As crianças com menos de cinco anos beberam cerca de meio litro de leite a mais por dia, o que representa um quarto das suas calorias diárias.
No auge da seca, os rebanhos abrangidos pelo programa não só sobreviverem em maior número, como produziram três vezes a quantidade usual de leite.
Para cada US$ 1 gasto, as famílias tiveram um retorno de US$ 3,5. A FAO estima que, incluindo as despesas em assistência alimentar e deslocamento que foram evitadas, a taxa de retorno sobre o investimento tenha sido de US$ 9 por família.
Gado
Por outro lado, os pastores do Quênia fora do programa foram forçados a vender o dobro do número de animais, com os preços caindo de US$ 80 para US$ 30. Também precisaram matar  perto do triplo dos animais, para comer ou para eliminar o custo de alimentá-los.
Na Somália, a FAO tratou mais de 1 milhão de animais pertencentes a quase 180 mil pessoas nas áreas mais atingidas pela seca. Estas intervenções ajudaram os pastores a economizar mais de US$ 40 milhões e o leite foi suficiente para alimentar 80 mil mães e crianças vulneráveis   ONUnews.

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