JESUS DE NAZARÉ Jesus e o Antigo Testamento


JESUS DE NAZARÉ
Jesus e o Antigo Testamento 
Sábado, 28 de julho de 2018

Para os antigos, Jesus tinha que ser onipotente, onisciente desde pequenino, tudo sabendo e tudo podendo. A humanidade de Jesus sendo assim como uma veste da divindade que ele punha e trocava quando quisesse. Esta ideia chegou até nós. E como gostamos de contar para as crianças.

Tem até uma mística do séculoXVII Ágreda Maria de Jesus que contava assim, e se julgava inspirada por Deus: A Mãe Maria punha-se de joelhos e aplicava no corpinho de Jesus a túnica, e pôs as sandálias, e o mandou pôr-se de pé: a túnica caiu-lhe na medida, sem nem tomar medida nenhuma. 

E jamais tirou aquela túnica até a Paixão quando os soldados tiraram. O mesmo aconteceu com as sandálias e a sunga. E nada se gastou e nem envelheceu e nem a túnica perdeu a cor. A túnica foi também crescendo com o crescimento do menino e jovem Jesus”.

Esta e outras literaturas correram na Idade Média até há bem pouco tempo. Durante séculos, a literatura tradicional sobre Jesus Cristo alimentava assim a piedade cristã. Partia da evidência de que os Evangelhos narravam biograficamente a vida de Jesus. 

E para os períodos da infância e adolescência, os escritores permitiam-se fantasiar-lhe a vida. Sabiam que era Deus e, portanto, nenhum milagre nem fato extraordinário do Menino e Adolescente Jesus se podia excluir.

Em não poucos casos, os evangelhos da Infância e adolescência de Jesus recorrem aos evangelhos apócrifos que abundam em dados e fatos mirabolantes de Jesus, semelhantes aos da mística Ágreda que falamos no início. Só mais tarde, a partir dos inícios do séc.XX é que se modificou o cenário. 

Os estudos exegéticos e arqueológicos e linguísticos questionaram em profundidade a leitura ingênua e literal da vida de Jesus. Hoje estas interpretações são comuns tanto no campo católico como no campo protestante, num trabalho sério de ecumenismo. 

E chegou-se a um princípio comum em que o dogmatismo assume uma perspectiva histórica não assumindo por consequência um valor definitivo.

É comum dizer-se que, na política, nenhum partido tem toda a verdade. E semelhantemente, também nenhuma filosofia ou teologia tem também toda a verdade. Porém, desde 1879, com a encíclica “O Pai Eterno” o Papa Leão XIII insistiu na adoção obrigatória da filosofia e teologia de S.Tomás de Aquino como filosofia e teologia insuperáveis e portanto infalíveis.

Filosofias mudam e também teologias. Porém houve um tempo longo em que a filosofia e teologia de Tomás de Aquino foi sacramentada como insubstituível e por isso infalível.

A geração que viveu com Jesus e a imediatamente seguinte conheceram e vivenciaram até o extremo o lado humano de Jesus. 

À medida que nos afastamos das primeiras gerações inverte-se o processo. A humanidade de Jesus se esfumaça, e enfoca-se quase exclusivamente a sua divindade. A humanidade servia de mera aparência. Os aspectos históricos e reais se esfumaçaram. 

Abriu-se assim espaço para a mítica e o fantasioso. A tarefa hoje em dia consiste em filtrar no Novo Testamento o que por demais se inseriu como este acervo de mítico e fantasioso. No Antigo Testamento essa tarefa já foi há mais tempo debatida.
PREFEITURA DE CHAPADINHA IGNORA O QUE SEJA ESTADO LAICAL

Estão distribuindo um CONVITE de um tal de ENCONTRO PEDAGÓGICO, com abertura "oficial" no Templo da Assembleia de Deus. Eu questiono se os senhores da Prefeitura municipal ignoram que o Brasil é um ESTADO LAICO, e portanto acabou a época de estar lambendo os pés de um ou outro templo e também os religiosos ficarem lambendo os pés da prefeitura ou alguma coisa que deslize das "gorduras" que possam se encontrar na área. 
Aconselho a que reflitam nos novos tempos em que estamos e possam cumprir melhor sua imparcialidade como é a nova filosofia do nosso ESTADO LAICO  Blog de Chapadinha











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