FILIPINAS Grupo da Paz presta homenagem ao padre filipino desaparecido

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Grupo da Paz presta homenagem ao padre filipino desaparecido

O padre Rudy Romano está entre pelo menos 2.000 pessoas vítimas de desaparecimentos forçados desde a década de 1970  UCAnews

Os fiéis da igreja acendem velas em uma comunidade 

missionária redentorista na cidade de Legazpi em 11 de julho
 para marcar o 33º aniversário do desaparecimento do 
padre redentorista Rudy Romano na região central das Filipinas. 

(Foto fornecida) Mark Saludes, Manila, Filipinas, 12 jul 2018 

Um grupo ecumênico de paz nas Filipinas em 11 de julho marcou o 33º aniversário do desaparecimento de um padre redentorista e figura de proa no movimento de resistência contra o falecido ditador Ferdinand Marcos.

A Plataforma da Paz Ecumênica Filipina prestou homenagem à "contribuição do Padre Rudy Romano para o avanço da paz e dos direitos humanos" no país.

Ofelia Cantor, coordenadora do grupo de paz, disse que o padre Romano "dedicou sua vida à promoção da paz, um dever que todo cristão deve cumprir".

O padre redentorista foi visto pela última vez em 11 de julho de 1985, diante de seu convento na cidade filipina central de Cebu sendo capturado por homens armados não identificados.

O padre de 44 anos era um líder ativo do movimento contra a ditadura do então presidente Ferdinand Marcos.

Ele foi o secretário executivo da Coalizão Contra a Perseguição Popular e o vice-presidente nacional da Nova Aliança Patriótica.

Norma Dollaga, da Promoção da Resposta Popular da Igreja, disse que o padre Romano "viajou com os pobres" e nunca será esquecido.

"[O padre Romano] nos ensinou que a vida religiosa significa servir ao povo e a Deus incondicionalmente", disse ela. "A igreja deve se orgulhar de ter um filho como [o padre Romano] que arriscaria a vida pelo bem dos outros." 

A congregação redentorista , por sua vez, reiterou o seu apelo ao governo para "fazer justiça às vítimas de desaparecimentos forçados“.

Ele disse que o padre Romano foi "difamado, assediado e, eventualmente, seqüestrado ... porque ele defendia a verdade e defendia os direitos dos pobres e dos fracos". 

O padre redentorista Ariel Lubi, superior da vice-província de Manila, disse que a congregação tem mais padres como o padre Romano "que nunca abandonaria os pobres em sua missão".

"Sejamos como o padre Rudy, que lutou pela igualdade social, que defendeu a fé ao servir o povo e levou a igreja às periferias", disse o padre.

Cristina Palabay, do grupo de direitos humanos Karapatan, disse que os desaparecimentos forçados e os assassinatos continuam porque o governo insiste em "soluções puramente militares" para conflitos armados no país.

Ela disse que mais de 2.000 pessoas foram vítimas de desaparecimentos forçados desde que Marcos declarou a lei marcial na década de 1970.

Palabay disse que uma cultura de impunidade encorajou o uso de métodos de rapto e assassinatos extrajudiciais para silenciar dissidentes. Ucanews