POPULAÇÃO Dia Mundial da População destaca importância de planejamento familiar
POPULAÇÃO
Dia Mundial da População
destaca importância de planejamento familiar
Cerca
de 214 milhões de mulheres em países em desenvolvimento não têm acesso a
métodos anticoncepcionais; para diretora executiva do Fundo de População da
ONU, Unfpa, recurso é essencial para alcançar o desenvolvimento sustentável.
O
Dia Mundial da População, marcado a 10 de julho, destaca este ano o
planejamento familiar como um direito humano.
Para
a diretora-executiva do Fundo da ONU para a População, Unfpa, Natalia
Kanem, este recurso “não é apenas uma questão de direitos humanos, é central
para o empoderamento das mulheres, para reduzir a pobreza e alcançar o
desenvolvimento sustentável”.
Recursos
Em
nota, Kanem afirma que, nos países em desenvolvimento, 214 milhões de mulheres
ainda não têm acesso a estes métodos. Entre as razões estão a falta de
informação, serviços ou apoio de seus parceiros e comunidades.
A
chefe do Unfpa acredita que isso “ameaça a capacidade das mulheres de construir
um futuro melhor para si, para suas famílias e suas comunidades”.
A
meta da agência da ONU é acabar com todas as necessidades sem resposta até
2030. Natalia Kanem afirma que se todos os países desenvolvidos doassem 20
centavos por pessoa, seria possível atingir os objetivos de financiamento.
Importância
Em
entrevista à ONU News, o assessor sênior do Unfpa, Elizeu Chaves, também
destacou a importância do tema deste ano.
"É
um tema central, porque o acesso ao planejamento familiar é determinante,
principalmente para meninas e mulheres poderem planejar seu futuro, terminar os
estudos, seguir no mercado de trabalho e estar em condições de igualdade com os
homens. É fundamental que a gente perceba que o planejamento familiar como direito
é um mecanismo de empoderar as mulheres, o que traz benefícios para a sociedade
como um todo e que a gente deve priorizar nos próximos anos."
Métodos
perigosos
Para
marcar este dia, o Unfpa reuniu dezenas de exemplos de formas perigosas e
ineficientes que as pessoas em todo o mundo usam para tentar evitar a gravidez.
A
agência diz que “estes métodos, muitas vezes com base em rumores e mitos, vão
desde químicos nocivos, como desinfetantes, a utensílios de casa como esponjas
de cozinha”.
O
Unfpa afirma que “todos estes métodos podem ser perigosos para quem os usa, se
as pessoas tiverem sexo sem proteção”.
A
agência diz que estes exemplos destacam “a necessidade urgente de melhorar o
acesso e a informação sobre planejamento familiar moderno e de confiança”.
Direito
Este
ano, marca-se o 50º aniversário da Conferência Internacional de Direitos
Humanos de 1968 que, pela primeira vez, considerou o planejamento familiar como
um direito humano.
O
documento final da conferência, conhecido como Proclamação de Teerã, declarou
que os pais têm o direito humano básico de determinar, de forma livre e
responsável, o número e o intervalo entre nascimento de um filho e a gravidez
de outro.
Segundo
a ONU, “mulheres e meninas têm o direito de evitar o esgotamento e perigo de muitas
gravidezes muito próximas umas das outras”.
De
acordo com a organização, “homens e mulheres têm o direito de escolher quando e
com que frequência abraçam a paternidade”. ONU News
Apresentação:
Daniela Gross
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