AMBIENTE/apoiointernacional ONU debate apoio internacional, dois meses após o ciclone Idai atingir África Austral
AMBIENTE/apoiointernacional
ONU debate apoio
internacional, dois meses após o ciclone Idai atingir África Austral
BR 15 maio 2019 ONUnews
Acnur/ Luiz Fernando Godinho Famílias afetadas pelo ciclone Idai deixam abrigo temporário na Beira, Moçambique |
Escritório de Coordenação de
Assuntos Humanitários promove evento interativo com Moçambique, Maláui e
Zimbábue; deslocados deixam acampamentos devido aos reassentamentos e a falta
de condições nos locais.
O Escritório das Nações Unidas
para Assistência Humanitária, Ocha, debate esta quarta-feira a resposta ao
ciclone Idai, a primeira das duas grandes tempestades tropicais que este ano
atingiram o leste da África em menos de 45 dias.
O evento apresenta à
comunidade internacional os dados sobre os esforços coordenados para a resposta
imediata à crise, além de destacar resultados das avaliações socioeconômicas
feitas nas áreas afetadas.
Limitações
Crianças numa estrada de Búzi, em Moçambique, danificada pelo ciclone Idai. Foto: Unicef |
Limitações
Embaixadores de Moçambique, do
Maláui e do Zimbábue interagem com parceiros internacionais sobre ações de
resposta e reconstrução. Nas três nações, pelo menos 1.005 pessoas morreram e 3
milhões ficaram necessitadas após a tempestade.
As Nações Unidas apoiaram os
campos de deslocados onde foram abrigadas 177.796 vítimas. A organização
destaca que esse número vem diminuindo com as ações de reassentamento e devido
à limitação dos serviços disponíveis.
O ciclone Idai passou por
Moçambique na noite de 14 para 15 de março, atingindo a cidade de Beira, na
província central de Sofala.
O trabalhador humanitário
Pedro Matos foi um dos primeiros funcionários humanitários que viu os danos
causados a 90% da segunda maior cidade moçambicana. Falando à ONU News de
Sanaa, no Iêmen, ele disse que a região central moçambicana foi muito afetada.
Ajuda
“Conhecendo a Beira
anteriormente, e vendo depois do que aconteceu com o ciclone, as imagens são
muito diferentes. As pessoas da Beira são muito resilientes, e por tanto, com
alguma ajuda, ajuda que nós e a comunidade internacional estamos a dar, e o
governo de Moçambique está a dar, com alguma ajuda as pessoas da Beira vão reconstruir
a sua vida e ultrapassar este momento muito trágico.”
Em território moçambicano,
pelo menos 602 pessoas perderam a vida e outras cerca de 1,85 milhões enfrentam
diversas necessidades.
OIM/Sandra Black
Famílias no acampamento Samora Michel
na Beira, em Moçambique. |
Chuvas e ventos
O Idai regrediu para
tempestade tropical e atingiu o leste do Zimbábue com fortes chuvas e ventos
que provocaram vários danos em propriedades e cerca de 5,3 milhões de
necessitados.
Moçambique foi também um dos
países atingidos pelo ciclone tropical Kenneth em 24 de abril. A tempestade que
também passou pelas Ilhas Comores teve rajadas de vento de até 220 km/h e foi
considerada a mais forte no continente africano.
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