ROMÉNIA/gestos ecuménicos Roménia: Papa inicia viagem marcada por gestos ecuménicos
ROMÉNIA/gestos ecuménicos
Roménia: Papa
inicia viagem marcada por gestos ecuménicos
Mai 31, 2019 - 8:15
Programa inclui encontros com
autoridades políticas, líderes ortodoxos, a comunidade católica e a população
cigana
O Papa Francisco iniciou hoje – 31.maio.2019 - a sua primeira viagem à Roménia, uma visita
de três dias marcada por gestos ecuménicos e de aproximação à comunidade
ortodoxa, menos de um mês após a passagem pela Bulgária e Macedónia do Norte.
O A320 da Alitália descolou do Aeroporto de Fiumicino em
Roma, às 08h17, com a presença de 65 jornalistas.
Antes de sair do Vaticano, o Papa encontrou-se com um
grupo de 15 sem-abrigo de origem romena, acompanhados pelo esmoler apostólico,
cardeal Konrad Krajewski; algumas destas pessoas são ajudadas pela casa de
acolhimento “Dom da Misericórdia” e outras pernoitam nos arredores do Vaticano,
sendo apoiadas pelo serviço da caridade do Papa.
A agenda da segunda visita de um pontífice a território
romeno, 20 anos após a passagem de São João Paulo II, inclui discursos e
cerimónias nas localidades de Bucareste, Bacau, Sumuleu-Ciuc, Iasi, Sibiu e
Blaj, promovendo encontros com autoridades políticas, líderes ortodoxos, a
comunidade católica e a população cigana.
PROGRAMA:
O programa responde ao desejo do Papa de conhecer plenamente
“a riqueza étnica, cultural e religiosa da Roménia”, com referências à devoção
dos católicos locais à Virgem Maria.
O logótipo da
visita, entre a Valáquia, a Moldávia e a Transilvânia, retrata Nossa Senhora e
as comunidades católicas (7,3% dos habitantes da população da Roménia), a
caminhar sob a sua proteção.
Na sexta: A chegada a Bucareste: a presença do presidente romeno,
Klaus Werner Iohannis, seguindo-se a cerimónia de boas-vindas, no Palácio
Presidencial, e a reunião com a chefe de Governo, Vasilica Viorica Dancila,
antes da primeira das oito intervenções planeadas, dirigida às autoridades, à
sociedade civil e ao corpo diplomático.
A agenda
vespertina é totalmente ecuménica: um encontro privado com o
patriarca Daniel, no Palácio do Patriarcado Ortodoxo Romeno, seguido de uma
reunião com o Sínodo Permanente e a oração do Pai-Nosso na nova catedral
ortodoxa da Salvação do Povo. O Patriarcado Ortodoxo da Roménia fez um inédito
convite para que a população venha acompanhar o encontro, no adro da catedral.
O dia termina com a celebração da Missa na catedral católica
de São José.
No sábado, Francisco desloca-se
a Bacau, na região da Moldávia, onde pelas 11h30 preside à Missa no Santuário
de Sumuleu-Ciuc, destino histórico de peregrinação para os católicos de língua
húngara da Roménia e de outros países; a celebração vai contar com a presença
do presidente da Hungria, Janos Ader.
De tarde, em Iasi, centro político,
económico e cultural da província da Moldávia e uma das cidades mais antigas da
Roménia, o Papa visita a catedral de
Santa Maria, Rainha; no local, encontra-se o memorial dedicado ao Beato Anton
Durcovici, bispo de Iasi e mártir em 1951.
O dia conclui com um encontro com dezenas de milhares de
jovens e famílias, na praça em frente ao Palácio da Cultura em Iasi
.
O último dia da viagem é passado na região da Transilvânia, com a beatificação
dos 7 bispos mártires greco-católicos (comunidade de rito oriental que
reconhece a jurisdição do Papa), no Campo da Liberdade em Blaj.
O espaço está ligado à luta pela liberdade nacional e à
perseguição dos católicos, durante o regime comunista do século XX, que em 1948
exigia aos católicos que integrassem a comunidade ortodoxa, cuja jurisdição é
nacional.
“Aquilo pelo que sofreram, a ponto de oferecer a vida, é uma
herança muito preciosa para ser esquecida. E é uma herança comum, que nos chama
a não nos distanciarmos do irmão que a compartilha”, disse Francisco, na mensagem que
enviou ao povo da Roménia, antes da viagem, a respeito dos sete bispos
assassinados pelas autoridades comunistas entre 1950 e 1970: Valeriu Traian
Frenţiu, Vasile Aftenie, Ioan Suciu, Tit Liviu Chinezu, Ioan Balan, Alexandru
Rusu e Iuliu Hossu .
Antes de regressar a Roma, para encerrar esta jornada
apostólica, o encontro com a comunidade
cigana de Blaj, no distrito de Barbu Lautaru; a paróquia que acolhe este
momento foi inaugurada há duas semanas.
Francisco fez até
hoje 29 viagens internacionais, nas quais visitou 43 países, passando pelo
Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka,
Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos da América, Quénia,
Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia,
Azerbaijão, Suécia, Egito, Portugal, Colômbia, Mianmar, Bangladesh, Chile,
Perú, Bélgica, Irlanda, Lituânia, Estónia, Letónia, Panamá, Emirados Árabes
Unidos, Marrocos, Bulgária e Macedónia do Norte; as cidades de Estrasburgo
(França), onde esteve no Parlamento Europeu e o Conselho da Europa, Tirana
(Albânia), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina) e Lesbos (Grécia). OC|Ecclesia
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