EUROPEIAS2019/ideologiaspopuliistas Cardeal D. António Marto critica «ideologias populistas e nacionalistas de intolerância e exclusão»
EUROPEIAS2019/ideologiaspopuliistas
Cardeal
D. António Marto critica «ideologias populistas e nacionalistas de intolerância
e exclusão»
Mai 12, 2019 - 18:52
É necessária «uma nova narrativa de esperança para a Europa», frisou hoje o
bispo de Leira-Fátima
Foto AE/JCP, O cardeal António Marto com o arcebispo de Manila, D. Luis Tagle, que preside este ano às celebrações dos dias 12 e 13 de maio em Fátima |
O bispo de Leiria-Fátima afirmou que “movimentos populistas e
nacionalistas, de intolerância e exclusão” estão a “fazer sentir a sua voz” na
Europa e a marcar “a campanha para as próximas eleições europeias”.
“A Europa está a ser sacudida por movimentos e ideologias populistas e
nacionalistas de intolerância e exclusão que estão a faze ouvir a sua voz, e
até forte, na atual campanha para as eleições europeias, que não só põem em
causa o projeto da União Europeia como desestabilizam as nossas democracias”,
disse o D. António Marto.
Na sua intervenção durante a conferência de imprensa de apresentação da
Peregrinação Internacional de maio ao Santuário de Fátima, o cardeal Marto
lembrou que “o projeto europeu está ainda incompleto e enfrenta crises, algumas
delas graves de ordem económica e financeira, demográfica, ambiental, de
desocupação, de desigualdades sociais, de aumento da pobreza e do terrorismo”.
O bispo de Leiria-Fátima frisou os “benefícios alcançados” ao longo dos anos
com “o projeto europeu” e disse que é necessária uma “nova narrativa de
esperança para a Europa que vença os mais diversos medos que a assaltam”.
D. António Marto afirmou que a “matriz cristã” da Europa “permitiu
ultrapassar crise a atrás de crise” e espera que “essa arma” seja utilizada de
novo para “combater os populismos”.
“Não percamos a memória e utilizemos essa arma de novo. Está em risco o
futuro da casa comum europeia”, advertiu o cardeal de Leiria-Fátima.
Aquele responsável católico fez referência à atual crise das migrações, que
está a levar a sociedade a “uma situação insustentável”, face à “intolerância
diante dos migrantes e refugiados”.
Uma problemática que, na opinião de D. António Marto, “exige uma solução
política concertada, concretamente através dos pactos globais para as
migrações, propostos pela ONU.
Mas requer “também uma mudança cultural na base do respeito pela dignidade
de toda a pessoa, independentemente da raça, cultura e religião, e na base da
solidariedade”, completou o cardeal português. PR/JCP|Ecclesia
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