CÁRITAS INTERNACIONAL/enfrentar “crise sem precedentes”
CÁRITAS
INTERNACIONAL/enfrentar “crisesem precedentes”
Destaca a necessidade de reforçar colaboração para enfrentar «crise sem
precedentes»
Mai 29, 2019 - 17:16
Comunicado final da 21.ª assembleia geral do organismo realça desafios como «a onda massiva de migração forçada» e os surtos de «populismo e polarização» Foto Caritas Internacional |
No comunicado final da
assembleia geral que decorreu em Roma, entre os dias 23 e 28 de maio, aquele
organismo aponta para desafios como “a onda massiva de migração forçada, o “crescente
fosso de desigualdade económica e social”, os sucessivos casos de “corrupção ou
má governação”, e os surtos de “populismo e polarização”.
Também as situações de “perseguição
religiosa e política” que têm assolado diversos países e a “proliferação dos
conflitos” um pouco por todo o globo.
“Estamos conscientes de que
atravessamos uma crise sem precedentes, que requer uma grande colaboração –
dentro da nossa confederação, no meio de toda a Igreja Católica e com outras
agências e instituições humanitárias”, pode ler-se.
A Cáritas Internacional traça
ainda como ponto “essencial”, a “proteção e o cuidado das crianças e adolescentes”
e das “pessoas mais vulneráveis, com tolerância zero para as situações de
exploração e de abuso sexual”.
O mesmo organismo mostra-se
empenhado em mudar o paradigma também no mundo laboral, para que todos possam “trabalhar
num ambiente livre de intimidação, de hostilidade, de humilhação ou de
bullying”.
A 21.ª assembleia geral da
Cáritas Internacional, que acontece de quatro em quatro anos, teve desta vez
como tema “Uma Família Humana, Uma Casa Comum”.
No encontro em Roma estiveram
cerca de 400 representantes de 168 delegações da confederação da Cáritas em
todo o mundo, incluindo de Portugal.
Do nosso país seguiram para a
capital italiana o presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca; o
secretário-geral, João Pereira; e ainda a presidente da Cáritas Diocesana dos
Açores, Anabela Borba.
Durante o evento, os
participantes “reafirmaram o seu compromisso para a construção de um mundo onde
Deus seja reconhecido na prática do amor, da justiça e da paz, onde a
solidariedade seja um objetivo para todos, para que não existam mais pessoas
excluídas, exploradas ou abusadas, onde as pessoas vivam com dignidade e a
Criação seja preservada na sua Casa Comum”.
Foto. O francês Aloysius John foi eleito o novo secretário-geral da Cáritas Internacional |
Os membros da CI frisaram também a sua vontade em serem cada vez mais “agentes de transformação do mundo, ajudando os outros a serem construtores do seu próprio destino” e “desafiando as estruturas que dificultam ou tornam impossível a busca da prosperidade”.
Um dos projetos destacados
durante a assembleia geral da Cáritas Internacional foi a campanha ‘Partilha a
Viagem’, ligada aos migrantes e refugiados, que decorreu nos mais variados
países a nível global.
Partilhar a viagem dos
migrantes forçados, dos refugiados, das pessoas perseguidas.
É ncecessário “construir uma
Cáritas cada vez mais forte, mais interligada e próxima”, atenta não só às
dificuldades das comunidades que serve, mas também “aos seus membros mais
frágeis”.
A CI continuará a ser liderada
pelo cardeal Luis Antonio Tagle. O Papa Francisco celebrou Missa com todos os participantes.
O Papa argentino alertou os participantes para a tentação de transformar
a caridade num “negócio” ou de encarar esta missão com espírito “funcionário ou
burocrata”.
Realce ainda para a eleição de
um novo secretário-geral da confederação, com a escolha a recair no francês
Aloysius John, nascido na Índia, de 62 anos. JCP
Comentários
Enviar um comentário