BURKINA FASO/perseguição Novo ataque a uma igreja Católica, 4 fiéis mortos
BURKINA FASO/perseguição
Novo ataque a uma igreja Católica, 4 fiéis mortos
Novo ataque contra uma igreja católica em
Burkina Faso. Um grupo de homens armados abriu fogo em Toulfé, no norte do
país, matando 4 fiéis. Outros dois ficaram gravemente feridos. Este é o quarto
ataque aos cristãos no último mês.
Roberto Piermarini - Cidade do
Vaticano
O ataque teve lugar na manhã
deste domingo (26/05), quando indivíduos armados invadiram a igreja de Toulfé,
uma cidade a cerca de 67 quilômetros de Ouahigouya, capital da região norte de
Burkina Faso, e abriram fogo contra os fiéis reunidos em oração, como referido
por vários meios de comunicação locais.
Este é o quarto ataque aos
cristãos no último mês
No final de abril, homens
armados assassinaram um pastor protestante e cinco fiéis em outra igreja no
norte de Burkina. Um sacerdote católico e cinco paroquianos foram mortos num
ataque na cidade central de Dablo, em 12 de maio, e mais quatro católicos
morreram num ataque dois dias depois, na cidade de Ouahigouya, no norte do
país. Ninguém reivindicou os ataques que ameaçam subverter as relações tradicionalmente
pacíficas entre a maioria muçulmana e os cristãos que constituem um quarto dos
habitantes do país. O governo acusou grupos terroristas sem nome que agem no
país e na região próxima ao Sahel. Extremistas islâmicos baseados no Mali
utilizam o norte e o centro do país para ataques nos vizinhos Burkina Faso e
Níger.
Burkina Faso alvo dos
terroristas
Burkina Faso tem sofrido
recorrentes ataques jihadistas desde abril de 2015, quando membros de um grupo
afiliado da Al Qaeda sequestraram um guarda de segurança romeno numa mina de
manganês em Tambao, no norte do país. Desde então, o número de atentados,
atribuídos tanto a grupos filiados a Al Qaeda como ao chamado Estado terrorista
islâmico, aumentou exponencialmente. Segundo o Centro de Estudos Estratégicos
da África, os ataques aumentaram de 3 em 2015 para 12 em 2016, 29 em 2017 e 137
em 2018.
Grupos jihadistas agem sem
contraste na região do Sahel
A região mais atingida pela
insegurança é o Sahel, localizado no norte, na fronteira com o Mali e o Níger, onde
se verificam ataques e sequestrados praticados por diferentes grupos
jihadistas. No entanto, a situação na parte oriental do país também se
deteriorou desde o verão de 2018. Burkina Faso é um dos cinco países que
compõem o G5 do Sahel, junto com Mali, Mauritânia, Níger e Chade, um grupo que
combate o terrorismo jihadista na região. Vatican News
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