AMBIENTE Laudato Sí

AMBIENTE Laudato Sí

A vida e a criação

O Papa Francisco propôs um ano especial, de 24 de maio 2020-2021, de reflexão sobre a Laudato Si. Um dos méritos da encíclica, que parte dos fundamentos da relação entre as criaturas e o Criador, é ter-nos feito entender que as mudanças climáticas, migração, guerras, pobreza e subdesenvolvimento são expressões de uma única crise que, antes de ser ecológica, é, no fundo, crise ética, cultural e espiritual. 

O problema está no facto de existir uma maneira de entender a vida e ação humanas, que contradiz a realidade, a ponto de arruiná-las. “Chegou a hora de prestar novamente atenção à realidade, com suas limitações, mas que constitui a possibilidade de um desenvolvimento “humano e social mais saudável e fecundo”.

A crise que estamos enfrentando, por causa da pandemia, tornou tudo isso ainda mais evidente: “Avançamos com toda velocidade – disse o Papa, em 27 de março passado, durante a “Statio Orbis” – sentindo-nos fortes e capazes de fazer tudo. Ávidos pela ganância, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa… não despertamos diante de guerras e injustiças planetárias, não demos ouvidos ao clamor dos pobres e do nosso planeta, gravemente doente. Continuamos impávidos, pensando permanecer sempre saudáveis ​​num mundo doentio”. 

 “Laudato si” é uma guia para que possamos reconsiderar as sociedades, onde todos e sobretudo os mais indefesos, tenham acesso aos tratamentos, onde as pessoas jamais sejam descartadas e a natureza não seja saqueada indiscriminadamente, mas cultivada e preservada pelas gerações futuras.


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