Brasil AMAZÓNIA Risco de genocídio
AMAZÓNIA Risco de genocídio
Os povos indígenas da Amazónia
brasileira estão a ser dizimados há cinco séculos com as doenças trazidas pelos
colonizadores, às quais se juntaram o desmatamento, os incêndios florestais,
rios envenenados e a invasão das terras.
Agora, a ausência de medidas para
os proteger da Covid-19 deixa-os, nas palavras de Sebastião e Lélia Salgado
numa carta aberta a Bolsonaro, “à beira de um genocídio”.
“Os territórios reconhecidos para uso
exclusivo de populações autóctones estão a ser ilegalmente invadidos por garimpeiros,
madeireiros e grileiros.
Os indígenas sofrem um risco
real de genocídio, por meio de contaminações provocadas por invasores ilegais
em suas terras.
Sebastião Salgado explica numa
crítica a Bolsonaro: “as comunidades indígenas nunca estiveram tão sob ataque.
O Governo não tem qualquer tipo de respeito pelos seus territórios.
Quando se aprova ou encoraja
um ato que se sabe que vai eliminar a população ou parte da população, esta é a
definição de genocídio…”
De acordo com Sebastião
Salgado, Bolsonaro poderá atuar sob forte pressão internacional, à semelhança
do que aconteceu no ano passado com os incêndios na Amazónia.
“Na Amazónia, há 103 grupos
indígenas com os quais nunca contactámos. Representam a Pré-História da
humanidade. Não podemos permitir que tudo isto desapareça”, conclui.
A cidade mais afetada em todo
o Brasil, com maior mortalidade e mais casos, é Manaus, capital da Amazónia.
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