RELIGIOSAS mulheres da misericórdia
RELIGIOSAS mulheres da misericórdia
Papa convida as virgens consagradas a serem “mulheres da misericórdia,
peritas em humanidade”
“A
vossa vocação evidencia a riqueza inexaurível e multiforme dos dons do Espírito
do Ressuscitado, que renova todas as coisas (cf. Ap 21, 5). Por
Bianca
Fraccalvieri – Cidade do Vaticano Vatican News
2
Junho, 2020
Vigília de Oração, JMJ Rio de Janeiro | 27.07.2013 | Foto: Vatican Media |
Mulheres de esperança, de alegria, de ternura, de
misericórdia, capazes de viver o dom da “sororidade”: assim o Papa Francisco
definiu as consagradas da Ordem das Virgens, cujo Rito de Consagração está
completando 50 anos.
O Pontífice enviou uma mensagem para
marcar esta data, para a qual estava previsto um Encontro Internacional
convocado pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as
Sociedades de Vida Apostólica. O evento foi adiado devido à pandemia, mas o
Papa quis do mesmo modo manifestar o reconhecimento da Igreja por este carisma
singular.
Riqueza inexaurível
“A vossa vocação evidencia a riqueza inexaurível e
multiforme dos dons do Espírito do Ressuscitado, que renova todas as coisas
(cf. Ap 21, 5). Ao mesmo tempo,
é um sinal de esperança”, escreve Francisco, que assim descreve esta vocação:
“A fidelidade
do Pai continua ainda hoje a colocar no coração de algumas mulheres o
desejo de serem consagradas ao Senhor na virgindade, vivida no seu ambiente
social e cultural comum, radicadas numa Igreja particular, numa forma de vida
antiga e simultaneamente nova e moderna”.
O dom desta vocação, prossegue o Papa, manifesta-se
na “sinfonia da Igreja”, que se constrói quando pode reconhecer nestas
consagradas mulheres capazes de viver o dom da “sororidade”.
Profecia
Eis então o apelo de Francisco: “não extingais a profecia da vossa vocação!”.
O convite do Papa neste cinquentenário é reler e meditar os textos do Rito, onde ressoa o sentido desta vocação,
que não pode ser vivida alheia do ambiente em que vivem. De fato, as virgens
são chamadas a estar ao lado dos pobres e descartados.
“Sede mulheres
da misericórdia, peritas em humanidade”, foi outra exortação do Pontífice.
Mulheres, enfim, que acreditam “na força revolucionária da ternura e do afeto”.
Sabedoria
A pandemia, prossegue o Papa, ensina-nos que “é
tempo de remover as desigualdades, sanar a injustiça”, por isso não se deve
fechar os olhos nem fugir. Por meio da bondade, é preciso tecer relações
autênticas, que resgatem da solidão e do anonimato os bairros de nossas
cidades. É preciso sabedoria, desenvoltura e credibilidade da caridade para se
opor à arrogância e evitar os abusos de poder.
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