COVID-19 vacinas
COVID-19 vacinas
Farmacêuticas alertam para a falta de capacidade para produzir as
vacinas necessárias
12.06.2020 às 17h49 Expresso
Travar a covid-19 exige entre 12 mil a 15 mil milhões de doses, estima o presidente da Federação Internacional dos Fabricantes e Associações Farmacêuticas, capacidade que atualmente diz "estar longe" de existir.
As farmacêuticas não têm atualmente capacidade
para produzir a totalidade das vacinas que o mundo necessita para travar a
covid-19, alerta o presidente da Federação Internacional dos Fabricantes e
Associações Farmacêuticas (IFPMA, na sigla original). Thomas Cueni estima que
sejam necessárias 12 mil a 15 mil milhões de doses, quantidade que as
companhias do sector "estão longe" de conseguir assegurar. No texto
em que o afirma, publicado na página online da federação, Cueni explica que não
existem fábricas de vacinas, nem de embalagens, suficientes.
Em sua opinião, há que avaliar como se pode aumentar a
capacidade de fabrico. Cueni lembra que Bill Gates está envolvido na construção
de novas fábricas, para responder a esta necessidade, mas sublinha que mesmo com
10 novas unidades pode ser apenas possível garantir 3 mil milhões de doses -
uma solução que permitirá, pelo menos, salvaguardar a capacidade de resposta
para as populações mais vulneráveis.
As contas são fáceis de fazer. A população mundial ronda
os 7.700 milhões de pessoas, mas muitas das vacinas em investigação assentam na
administração de duas doses. O total necessário representa assim mais do dobro
da capacidade de produção atual, considerando os cinco ou seis maiores
fabricantes mundiais.
Quanto à questão das embalagens, uma solução apontada por
Cueni passa por abdicar dos frascos monodose. Ainda assim, há a ter em conta o
problema do armazenamento, já que nem todos os países estarão preparados para
guardar tanta quantidade de vacinas em ambientes que garantam os necessários 80
graus negativos.
Atualmente estão em fase de ensaios em humanos 10 vacinas,
a que se somam 126 em investigação pré-clínica, adianta a Organização Mundial
da Saúde.
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