ASSUNÇÃO A Assunção: prêmio pelos sofrimentos da co-redenção
A Assunção:
prêmio pelos sofrimentos da co-redenção
por Luis Dufaur, escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO
por Luis Dufaur, escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO
Posted: 13 Aug 2018 01:30 AM PDT
Luzes de Esperança
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Era preciso que a Ascensão fosse vista por homens que pudessem dar testemunho desse fato histórico duplo: não só de que Nosso Senhor ressuscitou, mas de que tendo ressuscitado Ele subiu aos céus.
E enquanto Redentor nosso, Ele abriu o caminho dos Céus para os homens.
Subindo ao Céu, Ele abriu o caminho para as incontáveis almas que estavam no Limbo esperando a Ascensão para irem se assentar à direita do Padre Eterno.
Antes de Nosso Senhor Jesus Cristo ninguém podia entrar no Céu. Ali só os anjos estavam lá.
Então Nosso Senhor, na Sua Humanidade santíssima, foi a primeira criatura – porque Ele ao mesmo tempo era Homem-Deus – que subiu aos Céus
glória maior e mais evidente não pode haver do que o subir aos Céus. E também era preciso que Ele, que sofreu todas as humilhações, tivesse todas as glorificações
glória maior e mais evidente não pode haver do que o subir aos Céus. E também era preciso que Ele, que sofreu todas as humilhações, tivesse todas as glorificações
Porque significa ser elevado
por cima de todas as coisas da terra e unir-se com Deus Pairanscendendo esse
mundo onde nós estamos para se unir eternamente com Deus no Céu Empíreo.
Jesus Cristo quis que Nossa Senhora
tivesse a mesma forma de glória.
Assim como Ela tinha
participado como ninguém do mistério da Cruz, que Ela participasse também da
glorificação dEle
A glorificação dEla se deu
sendo levada aos céus.
Foi uma assunção e não uma
ascensão. A ascensão foi a de Nosso Senhor ao céu por Sua própria força e
poder.
A coroação no Céu foi a culminação da Assunção. Fra Angelico (1395 – 1455). Galeria degli Uffizi, Florença |
A assunção não é igual. Nossa
Senhora não subiu ao Céu por um poder próprio, mas pelo ministério dos anjos.
Ela foi carregada aos céus pelos Anjos.
Foi a grande glorificação dEla nesta terra, prelúdio da glorificação dEla no Céu.
No momento em que Ela entrou
ao Céu, Ela foi coroada como Filha dileta do Padre Eterno, como Mãe admirável
do Verbo Encarnado e como Esposa fidelíssima do Divino Espírito Santo.
Nós devemos conceber a
Assunção como um fenômeno gloriosíssimo.
Infelizmente, os pintores da
Renascença para cá não souberam descrever a glória que cercou este espetáculo.
Quando se quer glorificar
alguém, todo mundo se põe nos seus melhores trajes, na casa se exibem os
melhores objetos, se ornamenta com flores, tudo aquilo que há de mais nobre é
exibido para glorificar a pessoa a quem se quer homenagear.
Esta regra da ordem natural
das coisas é seguida também no Céu. Então é claro que o maior brilho da
natureza angélica, o fulgor mais estupendo da glória de Deus deve ter aparecido
no momento em que Nossa Senhora subiu ao Céu.
Muitas vezes na história a
presença dos anjos se faz sentir de um modo imponderável, embora não seja uma
revelação deles.
Mas nesta ocasião, deveriam
estar rutilantíssimos, num esplendor invulgar.
É natural também que o sol tenha brilhado de um modo magnífico, que o céu tenha ficado com cores variadas refletindo a glória de Deus como numa verdadeira sinfonia
Assunção, igreja de São Cipriano,
Londres
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Nenhum dos esplendores da
natureza podia se comparar com o esplendor pessoal de Nossa Senhora subindo ao
Céu.
À medida que Ela ia subindo,
como num verdadeiro monte Tabor, a glória interior dEla ia transparecendo aos
olhos dos homens.
O Antigo Testamento diz dEla:
omnis glória eius filia regis ab intus ((Ps 44, 10) – toda a glória da filha do
rei lhe vem de dentro.
Com certeza essa glória
interna dEla se manifestou do modo mais estupendo quando, já no alto de sua
trajetória celeste, Ela olhou uma última vez para os homens, antes de deixar
definitivamente esse vale de lágrimas e ingressar na glória de Deus.
Foi o fato mais esplendorosamente glorioso da história depois da Ascensão de Nosso Senhor. Comparável apenas com o dia do Juízo Final em que Nosso Senhor Jesus Cristo virá em grande pompa e majestade para julgar os vivos e os mortos.
Foi o fato mais esplendorosamente glorioso da história depois da Ascensão de Nosso Senhor. Comparável apenas com o dia do Juízo Final em que Nosso Senhor Jesus Cristo virá em grande pompa e majestade para julgar os vivos e os mortos.
Junto com Ele, toda reluzente
da glória dEle, aparecerá também Nossa Senhora. Nós devemos considerar aí a
impressão que tiveram os apóstolos e os discípulos quando A viram subir ao
Céu.
A tradição narra que o apóstolo São Tomé duvidou da Ascensão. Por isso foi convidado por Nosso Senhor a meter a mão na chaga sagrada do flanco dEle.
A tradição narra que o apóstolo São Tomé duvidou da Ascensão. Por isso foi convidado por Nosso Senhor a meter a mão na chaga sagrada do flanco dEle.
Ele recebeu a Pentecostes e
ficou confirmado em graça e um grande santo.
Mas conta uma tradição
venerável que, porque ele duvidou da Ascensão, na hora da morte e da Assunção
de Nossa Senhora ele não estava presente.
Quando chegou Nossa Senhora já
estava a certa distância da terra.
E ali vemos a índole de Nossa
Senhora super materna, incomparável. Quando
Foi um castigo pungente e
merecido por uma culpa tão reparada. Então, conta-se que Ela sorrindo, concedeu
uma graça a ele que não concedeu a nenhum outro:
Ela desatou o seu cinto e de lá de cima fez cair o cinto sobre ele, que ele recebeu – não como um perdão, porque ele já estava perdoado – mas como uma suprema graça, que era uma relíquia dEla atirada para ele do mais alto dos céus.
Ela desatou o seu cinto e de lá de cima fez cair o cinto sobre ele, que ele recebeu – não como um perdão, porque ele já estava perdoado – mas como uma suprema graça, que era uma relíquia dEla atirada para ele do mais alto dos céus.
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Assim faz Nossa Senhora quando
tem algo a perdoar a algum filho muito dileto.
Ela pune às vezes, porque às
vezes Ela nem sequer pune, mas Ela o faz com um sorriso tão bondoso, de um
perdão tão completo e de uma graça tão grande que São Tomé poderia mostrar esse
presente dizendo: “o felix culpa, ó culpa feliz! Eu tive a desgraça de duvidar
de meu Salvador, mas em compensação eu tive a felicidade de receber esta
relíquia direta e celeste de minha Mãe Santíssima”.
O último favor dEla, a
amenidade mais extrema, a bondade mais suave Ela deu exatamente a São Tomé.
Isto nos deve encorajar.
Não há nenhum de nós que não
tenha falhas, não tenha algum perdão a pedir.
Nós devemos pedir a Nossa
Senhora na festa da Assunção que Ela olhe para nossas falhas, e nos dê um
perdão.
Se nós chegarmos atrasados,
que Ela nos dê o favor especial, particularmente rico e suave, de maneira tal
que quando os acontecimentos anunciados por Nossa Senhora em Fátima nós
estejamos prontos.
Em Fátima durante no milagre
do sol, esse se manifestou de um modo tão esplêndido, num espetáculo de
terribilidade.
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