BRAGANÇA-MIRANDA Bragança-Miranda: «Toda a pessoa é para respeitar e amar» – D. José Cordeiro
BRAGANÇA-MIRANDA
Bragança-Miranda: «Toda a
pessoa é para respeitar e amar» – D. José Cordeiro
Ago 22, 2018 - 19:02
Diocese celebrou Nossa Senhora
das Graças, titular da catedral e padroeira da cidade de Bragança
Sociais Bragança-Miranda/BLR |
“Toda a pessoa é para respeitar e amar, nunca para humilhar ou abusar”,
disse esta tarde D. José Cordeiro, depois de lembrar a carta do Papa Francisco
ao Povo de Deus escrita “por causa do sofrimento vivido por muitos menores
provocado pelo crime dos abusos”.
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, pelo Secretariado Diocesano das
Comunicações Sociais, o bispo diocesano explicou que “o silêncio orante não é
ausência de conteúdo”.
“O silêncio diante da dor, do sofrimento, do mal dizer pode ser cúmplice
de quantos não se querem converter ao Bem Comum”, acrescentou, recordando que
no início da novena da Senhora das Graças (11 de agosto) o pontífice argentino
apelou a que todos caminhem “na caridade e na Esperança”, num encontro com
milhares de jovens italianos.
“Somos chamados a ajudarmo-nos uns aos outros a esperar, fazendo o Bem.
Fazer o Bem, faz bem, mas exige um tal martírio da paciência”, observou o
prelado.
A Igreja Católica celebra hoje o dia da Bem-aventurada Virgem Maria,
Rainha que sob a invocação “das Graças” é titular da catedral da diocese
transmontana e padroeira principal da cidade de Bragança.
“O Evangelho proclamado (Mt 12,46-50) confronta-nos com a pergunta da
pertença a Cristo e à Igreja. Todos os que fazem a vontade do Pai são membros
da família de Deus. A vontade é a de sermos sua imagem e semelhança”,
desenvolveu D. José Cordeiro.
O prelado destacou que todos são “imensamente amados em Jesus Cristo” e
lembrou, especialmente, as famílias, os migrantes e a minorias étnicas, longe
da família e longe da pátria.
No território da Diocese de Bragança-Miranda a emigração “continua a ser
significativa” para países da Europa – sobretudo Alemanha, Espanha, França,
Luxemburgo, Reino Unido e Suíça – como para países Lusófonos – Angola, Brasil –
“e grandes áreas urbanas do litoral português”.
Segundo D. José Cordeiro, esse “êxodo reveste agora novos moldes” com
trabalhos sazonais em Espanha e França que abrange, sobretudo, “os setores da
construção civil, transportes, quadros técnicos especializados e técnicos
superiores”.
No sentido inverso, exemplificou, o nordeste transmontano, como outras
regiões de Portugal, é também zona de imigração, com bastantes cidadãos do
Brasil e de países do leste da Europa, onde trabalham na construção civil,
agricultura e serviço doméstico.
Na sua homilia, o bispo diocesano não esqueceu as “minorias
étnicas” na diocese, como a comunidade cigana, e destaca que a Igreja Católica
em articulação com o Município de Bragança trabalham para que “todos se sintam
família humana de Jesus e sejamos mais fraternos uns com os outros”.
Depois da Eucaristia, a partir das 18h00, começou a tradicional Procissão
com andores das Unidades Pastorais do Concelho de Bragança, desde a catedral
até ao Santuário da Senhora das Graças, na zona histórica da cidade.
CB
Comentários
Enviar um comentário